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Dra. Esthela Oliveira, especialista em medicina integrativa, comenta sobre como o uso excessivo das redes sociais resultou em uma geração que busca por uma estética inalcançável
O surgimento das redes modificou diversos aspectos da vida moderna, estamos todo tempo conectados e acompanhando a rotina de milhares de pessoas que expõem uma realidade alegre e muito satisfatória na internet. Essa realidade presente no mundo cibernético muitas vezes é irreal e superficial, confrontando totalmente a vida real.
Os aplicativos de redes sociais são grandes influenciadores dos jovens por usarem uma dinâmica que dita o que é bonito e agradável de se ver e validam isso através de likes. O uso excessivo dessas ferramentas tem causado diversos problemas mentais, um deles é a distorção de imagem, que é muito presente na atualidade.
A Dra. Esthela Oliveira, especialista em medicina integrativa comenta: “Tem sido muito recorrente ver meninas entre 14 e 16 anos que se encontram frustradas por se sentirem insatisfeitas com seu corpo e aparência”. A médica ainda ressalta que é comum atender pacientes jovens que utilizam fotos e vídeos dessas redes como referência estética, se comparando excessivamente com a imagem de pessoas que utilizam filtros e se mostram sempre impecáveis. Isso tem gerado um grande abismo entre os corpos que são postados e a realidade que é vista através do espelho.
O Transtorno Dismórfico Corporal, é uma doença mental causada por um foco obsessivo em um defeito imaginário que a pessoa acredita ter em sua aparência, consequentemente perde a capacidade de reconhecer de maneira adequada e realista o tamanho e forma do seu corpo. Na maior parte dos casos, essa obsessão começa com a imaginação de um defeito pequeno que toma uma proporção gigantesca e a pessoa fica a todo tempo com a intenção de esconder o defeito imaginado.
Os principais sintomas são: comparações excessivas, busca por corpos irreais e inatingíveis, necessidade de validação e tendência ao perfeccionismo. Além disso, a doutora revela: “A distorção de imagem pode afetar completamente o dia a dia, as pessoas que sofrem com isso podem sentir alterações de humor, ansiedade e uma sensação de descontentamento geral”, diz a especialista. A médica ainda ressalta que essa doença quando não é olhada com atenção pode causar prejuízos ainda maiores, levando as pessoas a desenvolverem depressão, comportamento impulsivo e pensamentos intrusivos e indesejados.
Segundo a especialista, o aconselhamento para quem sofre com esse transtorno é buscar por um tratamento que consista em acompanhamento médico com terapia com psicólogo clínico e medicação indicada por um psiquiatra. Além de trabalhar constantemente a mente, lembrando que o que vemos nas redes sociais é irreal, repleto de filtros e alterações e difere completamente da vida real.
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