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Francesco Pellegata, master trainer em hipnoterapia e PNL revela os mitos e as verdades por trás do filme Hypnotic
O filme “Hypnotic” estreou recentemente na Netflix e tem levantado muitas dúvidas nas redes sociais sobre a hipnoterapia. Na trama, Jenn Tompson (Kate Siegel) procura um médico especializado na técnica para superar um trauma. O único problema é que o Dr. Collin Meade (Jason O’Mara) passa a controlar a mente da jovem e a obriga a fazer coisas contra a sua vontade. Para esclarecer várias questões sobre o tema, o Master Trainer de Hipnoterapia e Neuro-Linguística (PNL), o psicólogo Francesco Pellegata, lista os principais mitos e verdade que estão no filme.
Durante o longa a personagem de Kate Siegel passa a ter suas ações controladas pelo misterioso Dr. Collin. A moça não consegue se lembrar das coisas que fez e passa a ter alucinações com uma simples sugestão do médico.
Francesco explica que o processo hipnótico mostrado no filme foi bem exagerado e que esse suposto controle da mente é algo que não se aplica na vida real: “Só é possível convencer uma pessoa a fazer algo que ela realmente queira fazer”.
É comum assistirmos em obras de ficção e em vídeos sobre hipnose, os especialistas usando algumas palavras ou toques no corpo que colocam as pessoas em um estado de quase transe.
Mas como é esperado, em Hypnotic, tudo é bem exagerado. “Não funciona exatamente como no filme. É uma tipologia de sugestão usada para ter resultados fora do transe hipnótico, para mudanças de hábitos ou para questões emocionais. Com certeza não funcionam para controlar a mente de ninguém”, ressalta o master trainer em PNL.
Um outro elemento que gera muitos comentários para quem vê o filme é a criação de duplas personalidades. No decorrer da obra é mencionado o projeto MK-ULTRA, que realmente existiu, mas a hipnose não pode criar múltiplas personalidades em alguém.
O Master Trainer de Hipnoterapia revela que o projeto mencionado era uma iniciativa da CIA para usar a hipnose nos espiões americanos, mas para isso também usavam combinações perigosas como o uso de LSD, choques elétricos, além do uso de substâncias como o LSD.
Em uma sessão de hipnoterapia o mais importante é a voz. Outros elementos e truques podem facilitar o processo, mas Francesco alerta que em muitos casos esses elementos podem dificultar uma conexão maior:
“Músicas e luzes são completamente desnecessárias e até podem atrapalhar o processo terapêutico”, conta.
O principal ponto que o filme levanta é a importância de procurar um profissional sério e competente. A hipnoterapia lida diretamente com a mente humana, então para evitar algum problema é necessário encontrar um médico psiquiatra ou psicólogo realmente capacitado.
Francesco conta que outros doutores também podem usar a hipnoterapia, mas um profissional que não é formado a nível acadêmico na psique humana pode sim criar mais problemas que ajudar:
“Médicos de outras especializações podem usar a Hipnoterapia para aplicar anestesia e analgesia, para melhorar a saúde física de uma pessoa. Um dentista ou um fisioterapeuta podem usar a hipnose para controle da dor e para facilitar a recuperação física. Um nutricionista pode facilitar o processo de emagrecimento e de mudanças de hábitos. E qualquer pessoa pode aprender Hipnoterapia para melhorar as próprias performances na vida e na carreira”.
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