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Romance sáfico explora prazeres do amadurecimento
Ambientado no universo dos drinques e da alta gastronomia de Los Angeles, Yerba Buena (ed. Record) promove experiência sinestésica em narrativa intimista de amadurecimento e de amor entre duas mulheres. Autora Nina Lacour, uma ex-livreira, já colaborou com autores consagrados do YA, como David Levithan, e está lançando seu primeiro livro adulto
“Ela roubou um galho de hortelã da cozinha. No silêncio da manhã, sob a fileira de ornamentos dourados, o brilho do sol refletido no bar de mármore, ela preparava Yerba Buena. Green Chartreuse e gim Old Tom, limão e xarope simples, bitter de cereja. Adicionou o galhinho como decoração.”
Íntimo, brutal e aconchegante, este romance de crescimento retrata com sensibilidade a jornada de duas mulheres imperfeitas em busca de autodescoberta e, sobretudo, a capacidade de apreciar o prazer e a beleza apesar da dor.
Seguimos as duas protagonistas durante seus altos e baixos: Sara, uma bartender badalada, precisou percorrer um longo caminho deixando para trás os traumas, perdas e negligências da adolescência ao fugir de sua cidade natal para Los Angeles. Do outro lado da cidade, Emilie troca de empregos e relacionamentos na tentativa de encobrir a ausência de sentido em sua vida, enquanto lida com inquietações sobre sua origem creole.
Capítulo a capítulo, LaCour alterna entre as perspectivas de Sara e de Emilie para desenhar lentamente a história de amor de duas mulheres na Califórnia que se sentem desconectadas de suas comunidades e precisam descobrir como construir a própria identidade e o próprio significado de lar e pertencimento.
O livro é um banquete sensorial para ser saboreado, provocando experiências sinestésicas no leitor com a descrição detalhada de cheiros, texturas e sabores do universo dos drinques e da alta gastronomia. A narrativa sensível de LaCour brilha nessas passagens, como quando Sara, ainda adolescente, degusta seu primeiro aperitif:
“Ali estava a beleza do vidro trabalhado. Fatia de limão. Líquido dourado. Ali estava o sabor daquilo – um pouco amargo, um pouco doce, algum brilho cítrico, talvez mel. E ali estava significado. Um lar, só dela.”
É uma história agridoce – intensa e melancólica em alguns lugares, mas delicadamente terna e familiar.
“Yerba Buena é um livro repleto de tristeza e esperança, de comida e flores, de complicações e compromissos, de amor, perda e lições que aprendemos do jeito mais difícil. Mas principalmente de amor.” — Laurie Frankel
“Traz à luz os traumas com os quais Sara e Emilie lidam, assim como a esperança e a recuperação… Seu sabor permanece como um drinque perfeito.” — San Francisco Chronicle
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