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Médicas são maioria nas especialidades em reprodução
Elas são quase metade da mão de obra médica no país e maioria nas especialidades que envolvem a área de reprodução humana, segundo a Associação Médica Brasileira (AMB). Apaixonadas pela profissão, elas ajudam a realizar o sonho da maternidade para milhares de outras mulheres que têm na reprodução assistida a oportunidade de serem mães e de criarem suas famílias. Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, celebrado no mês de março, a Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) traz histórias e os sentimentos de profissionais que atuam há anos nesta especialidade que tanto agrega na medicina brasileira.
Como é o caso da médica especialista em Reprodução Humana e membro da Associação Brasileira de Reprodução Assistida, Maria do Carmo Borges de Souza. Com 47 anos de formação, ela destaca que desde o início se encantei com os setores onde vivenciava o atendimento aos casais e aos problemas relacionados com os distúrbios hormonais. “Na Residência Médica esta escolha se tornou ainda mais evidente para mim, definindo o meu trabalho durante o mestrado, o doutorado e na vida profissional privada. O encantamento relacionado a estes temas me levou a compor um grupo de trabalho direto com a Reprodução Humana Assistida e deste lugar nunca mais saí”, pontuou.
A ginecologista e membro da SBRA, Hitomi Nakagava, também soube desde cedo da vontade de realizar sonhos e completar famílias. “Desde que me conheço por gente, sempre disse que seria médica e ajudaria pessoas. A medicina é tão fascinante e fui muito abençoada porque tive a oportunidade de acompanhar a parte prática da Gineco-Obstetrícia, por influência de um vizinho muito querido e tutor, desde o primeiro ano do curso de medicina e fazer muitos partos. E, com isso, foi se desenhando no meu íntimo a vontade de ajudar a realizar o sonho de completar famílias, que tanto repercute na vida das pessoas, uma necessidade básica, muitas vezes em meio a desafios enfrentados com incompreensão”, ressaltou.
Para algumas profissionais, a escolha pela especialidade trouxe realizações pessoais. A embriologista, Claudia Petersen, destaca que sempre quis trabalhar na área em que pudesse ter contato direto com a reprodução de crianças. “Escolher a reprodução para o meu crescimento profissional foi simplesmente perfeito. Me sinto maravilhosamente bem em ter escolhido essa área em termos profissionais. Uma realização louca, estudos maravilhosos e uma gratificação imensa. Em vista que a gente trabalha com as mães realizadas com a gravidez. Escolher essa área só me trouxe luz para a minha vida. Eu sou muito feliz, muito realizada e muito grata pela minha escolha”, concluiu.
Maria do Carmo, Hitomi e Claudia fazem parte das mais de 260 mil mulheres que atuam em diversas áreas da medicina no país, de acordo com o estudo da Demografia Médica no Brasil 2023, da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Universidade de São Paulo (USP). O número tem crescido ao longo dos últimos anos e deve ser maior a partir do ano que vem, quando 50,2% destes profissionais serão do sexo feminino. Em especialidades como a ginecologia e a genética médica, que envolvem a reprodução assistida, elas representam mais de 60% e 66% dos médicos que atuam no país, respectivamente.
MENSAGEM ÀS MULHERES
A ascensão das mulheres no mercado de trabalho, entre outras variantes, tem adiado, cada vez mais, a gravidez delas. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que o número de mulheres que engravidaram entre 40 e 44 anos cresceu 17,6% na última década. Independentemente da idade, algumas delas têm encontrado percalços no caminho da gestação. Para isso, a especialista em Reprodução Humana e membro da SBRA, Marina Barbosa, ressalta a importância da resiliência no processo e na procura por ajuda médica nesses casos.
“Mulheres tem uma força interior imensa; podem atingir todos os objetivos a que se propõem. Meu recado para as pacientes que estão tentando engravidar é que reconheçam essa dificuldade como um problema de saúde, que tem tratamento. E não como um fracasso ou um sinal de que não era pra acontecer. Que por mais longo e sofrido que seja o caminho, no final a felicidade de ter um bebê no colo vai valer a pena. existem várias alternativas para chegar ao final do caminho, então não desistam”, finaliza.
Fonte: Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA)
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