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Sorriso saudável, corpo saudável
Estudos demonstram que a doença periodontal aumenta o risco de infarto, parto prematuro, baixo peso ao nascer, Alzheimer, doenças cardíacas, infertilidade, complicações respiratórias e outras comorbidades
Novo protocolo permite a remoção confortável do biofilme dental, prevenindo diversas doenças e identificando as áreas que necessitam de limpeza
Antigamente, o acesso à saúde bucal no Brasil era extremamente difícil e limitado, especialmente nas décadas de 60 e 70. No entanto, com o avanço de técnicas e protocolos de tratamento, os profissionais de odontologia têm enfatizado cada vez mais a importância do cuidado bucal e sua influência no bem-estar do corpo como um todo. O Ministério da Saúde também tem reforçado a importância da higiene bucal adequada e visitas regulares ao dentista para reduzir o risco de problemas de saúde.
Entre os cuidados necessários, destaca-se a higiene bucal profissional como uma das medidas mais importantes para manter os dentes, gengivas e o corpo saudáveis. Controlar o biofilme, também conhecido como placa bacteriana, é fundamental para prevenir cáries, gengivite e periodontite. “A periodontite, em particular, pode levar à perda dos dentes devido à reabsorção dos tecidos de sustentação”, relata Maria Fernanda Kolbe, especialista e mestre em periodontia, sócia da Clínica Sorr, em São Paulo e SDA da EMS (Electro Medical System).
A acumulação de biofilme também pode causar halitose (mau hálito), geralmente resultado de um desequilíbrio na cavidade bucal causado pelo acúmulo excessivo de biofilme, inflamações ou infecções. “É importante destacar que a principal causa do mau hálito provém da boca e não do estômago, como muitos podem pensar. Além disso, o mau hálito pode ser causado por cáseos amigdalianos (bolinhas brancas presas nas amígdalas compostas por restos de alimentos e saliva) e pela amigdalite, uma doença infecciosa que causa inchaço nas amígdalas, dor de garganta intensa, dificuldade para engolir e febre”, esclarece a especialista.
A falta de limpeza dental profissional pode afetar o organismo como um todo e provocar doenças além das que ocorrem na boca. Estudos demonstram que a doença periodontal aumenta o risco de infarto, parto prematuro, baixo peso ao nascer, Alzheimer, doenças cardíacas, infertilidade, complicações respiratórias e outras comorbidades. Além disso, a periodontite pode agravar a diabetes, e, inversamente, a diabetes descontrolada aumenta a inflamação e a destruição dos tecidos ao redor dos dentes, acelerando sua perda.
Métodos para controlar o biofilme
Maria Fernanda Kolbe explica que a escovação eficiente e o uso de fio/fita dental são os métodos mais eficazes para controlar o biofilme dental. Esses métodos devem ser adaptados a cada situação, como o uso de diferentes tipos de escovas (tradicional, unitufo, interdental, etc). Ela enfatiza que os hábitos de higiene oral devem ser diários, personalizados para cada indivíduo e orientados pelo dentista.
Além disso, a especialista destaca o método GBT (Guided Biofilm Therapy) como uma abordagem de tratamento suave e eficaz. Esse protocolo permite a remoção confortável do biofilme dental, prevenindo diversas doenças e identificando as áreas que necessitam de limpeza. Através do GBT, os pacientes têm a oportunidade de visualizar o biofilme em diferentes cores, o que ajuda a diferenciar a placa antiga da mais recente.
Kolbe ressalta que o método GBT proporciona uma experiência satisfatória e confortável para os pacientes, sem dor, e resulta em uma melhor adesão aos cuidados de saúde bucal e às visitas de retorno para limpezas regulares, de acordo com a avaliação de risco de cada paciente. O uso desse método contribui para a manutenção da saúde bucal de forma eficiente.
Divisor de águas
No cenário em que a evolução da tecnologia tem impactado os tratamentos odontológicos, Maria Fernanda Kolbe destaca que o protocolo GBT é considerado um divisor de águas. Ela ressalta que o método é indolor e proporciona maior bem-estar ao paciente, que se sente motivado pelo uso do evidenciador colorido, que mostra de forma clara as áreas onde a higienização precisa ser aprimorada. Para os profissionais, o GBT facilita a realização de uma profilaxia direcionada e mais eficiente.
Do ponto de vista financeiro, a adoção do método GBT também traz vantagens significativas. Segundo a especialista, em sua prática clínica anterior, ela precisava anestesiar cerca de 50% dos pacientes ao aplicar o protocolo convencional para garantir maior conforto. No entanto, com o GBT, apenas cerca de 2% dos pacientes necessitam de anestesia, e esses são casos de extrema sensibilidade. Além disso, o tempo de tratamento foi reduzido, passando de uma média de 90 minutos para 60 minutos com o uso do novo protocolo desenvolvido pela EMS. Isso representa um ganho significativo tanto para o paciente, que passa menos tempo no consultório, quanto para o especialista, que pode atender a um maior número de pacientes com o mesmo tipo de tratamento.
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