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Para quem planeja incluir as atividades físicas na rotina de 2022, a arquiteta Isabella Nalon dá dicas de como planejar a própria sala de ginástica para praticar exercícios no seu próprio lar, sem gastar muito.
Entre as costumeiras listas de desejos que costumamos fazer antes de começar um novo ano está a prática de atividades físicas. Fundamentais para uma vida mais salutar – à parte do controle de peso –, incluir uma rotina de exercícios contribui para a redução da pressão arterial, diminuindo as chances de problemas cardiovasculares, controla os níveis glicêmicos e ajuda a atenuar a insônia, entre outras tantas questões.
Porém, há aqueles que, por não terem muito tempo livre para frequentar uma academia próximo de casa ou do trabalho, acabam deixando de lado o plano. Esse cenário pode mudar com a elaboração de um espaço para se exercitar em casa. “Seja qual for o tipo de treinamento, o morador pode dedicar uma área na residência para ter a ‘academia para chamar de sua’”, salienta a arquiteta Isabella Nalon, à frente do escritório que leva seu nome.
Com alguns poucos metros quadrados e equipamentos próprios para a prática definida, a ideia é que a pessoa tenha a sua ambientação que o permita desligar-se dos compromissos e das tantas atividades de casa e do trabalho para envolver corpo e mente na realização dos exercícios físicos. De acordo com Isabella, locais como varandas e quintais, geralmente privilegiados com abundante ventilação e luz natural, são os mais indicados. “Mas caso essa não seja a realidade, jamais colocamos como cenário limitante”, ressalta. “Ainda mais depois desse longo período que ficamos reclusos, tornou-se até natural a ideia de fazer exercícios em casa”, completa.
Ambientes ao ar livre são excelentes para se exercitar. Nesta varanda projetada pela arquiteta Isabella Nalon, o deck de madeira é um convite para posicionar os colchonetes de ginástica e realizar os movimentos da prática que mais agradar o morador!
Para definir o ambiente, a recomendação de Isabella é ter em mente quais são os objetivos a serem alcançados e o tipo de exercícios que se pretende operar. Assim, será mais fácil determinar o cômodo, bem como os equipamentos e acessórios.
E engana-se quem pensa que academia em casa é sinônimo de uma ‘casa grande’. Para a arquiteta, imóveis menores também podem contar com uma mini academia: o segredo é empregar equipamentos multifuncionais e itens menores, como elásticos e halteres, por exemplo. “Se o espaço for reduzido, aposte em exercícios simples. Também costumo orientar que os moradores façam uso dos móveis existentes como apoio e até as paredes para fazer a isometria”, acrescenta Isabella.
Cada modalidade de atividade física requer um tipo de equipamento. Para corridas ou caminhadas, a esteira é excelente e fundamental – todavia, demanda uma área para comportá-la, sendo que o mesmo vale para quem prefere pedalar na bicicleta ergométrica. Para montar um circuito funcional, é imprescindível a aquisição de diferentes tipos de elásticos, cordas e step, entre outros e, aos amantes da musculação, a instalação de uma barra fixa, banco inclinado, halteres, anilhas e caneleiras são essenciais para a realização do treino. “É primordial que toda e qualquer atividade seja feita de maneira agradável e confortável”, aconselha a arquiteta.
Em vias de regra, o ambiente eleito deve oferecer um clima propício através da iluminação e boa ventilação – que se não for natural, deve incluir um ventilador ou um sistema de ar-condicionado. Investir em uma marcenaria para a disposição de armários, estantes e nichos nas paredes é eficaz para organizar os equipamentos de treino, toalhas e suplementos alimentares, deixando tudo sempre pronto para malhar.
No que diz respeito às cores, a combinação entre tons claros e vibrantes é interessante, uma vez que estimula o movimento e as atividades físicas. Já no piso, revestimentos antiderrapantes agregam segurança e, pensando no isolamento acústico, a inclusão de um material isolante como emborrachados ou mesmo um tapete cooperam quando a intenção é não vasar os sons e vibrações dos equipamentos para outros cômodos ou os vizinhos. “São situações bem pontuais que avaliamos em cada projeto”, determina Isabella.
Ainda de acordo com Isabella, outra dica bacana é deixar no ambiente uma cadeira ou banqueta sem encosto para realizar alguns exercícios – uma solução que pode substituir os movimentos de alguns aparelhos, contribuindo para a economia do morador. Um espelho vai muito bem, permitindo que o morador ‘se veja’ para corrigir movimentos e posturas.
O audiovisual também não pode ser esquecido: o sistema de som são um incentivo para tocar a playlist preferida ou indicada para a prática. Além disso, uma Smart TV e a conexão com internet são primordiais para as aulas online.
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