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Como cuidar da saúde mental na era das redes sociais?

Como cuidar da saúde mental na era das redes sociais?

O uso excessivo do celular e das redes sociais tende a aumentar o estresse e a ansiedade. Mudanças básicas no dia a dia podem fazer a diferença

Quando foi a última vez que você checou em seu celular o tempo que tem passado conectado às redes sociais? Em um mundo digital e hiperconectado, a tecnologia e as redes sociais despertam o imediatismo e o desejo por saber tudo o que acontece, em tempo real, na vida de outras pessoas. O fato é que estes hábitos são sinais de alerta para a intensificação do estresse e da ansiedade, que podem impactar a vida como um todo.

Janeiro é o mês dedicado à conscientização sobre a importância dos cuidados com a saúde mental e emocional. A campanha Janeiro Branco, criada em 2014 e transformada em lei (14.556/2023) em 2023, é uma ação anual de saúde pública que mobiliza todo o país com o objetivo de tirar o estigma sobre a busca por assistência em saúde mental.

Conectividade em excesso
Os brasileiros passam, em média, 9 horas por dia conectados à internet, segundo levantamento da Electronics Hub e, para Anderson Silva Camargo, profissional de psicologia do AmorSaúde, rede de clínicas parceiras do Cartão de TODOS, o assunto merece atenção. “O uso excessivo de redes sociais e celulares pode estar associado a um aumento nos níveis de ansiedade em algumas pessoas. A constante exposição a informações, comparação social e a pressão por estar sempre conectado podem contribuir para sentimentos de agitação e preocupação. Com isso, nota-se que a necessidade de validação online pode impactar negativamente a saúde mental, levando a episódios de ansiedade em alguns casos”, afirma Camargo.

O medo de perder algo interessante ou importante que esteja acontecendo nas redes sociais, as constantes atualizações de status e notificações incentivam a verificação compulsiva, ações que, segundo Camargo, podem aumentar os níveis de estresse. “O uso em excesso dos dispositivos eletrônicos, especialmente antes de dormir, interfere no padrão de sono adequado, causando um aumento nos níveis de ansiedade”, reforça Camargo. Segundo o psicólogo, embora as redes sociais sejam vistas como uma maneira de se conectar com os outros, este uso descontrolado pode resultar em isolamento social no mundo real, fato muito comum entre adolescentes, o que, por sua vez, pode levar a sentimentos de solidão e, novamente, ansiedade.

“É importante entender que a relação desses apontamentos entre o uso de redes sociais, celular e ansiedade pode variar de pessoa para pessoa. Algumas podem utilizar essas tecnologias sem impacto significativo em sua saúde mental, enquanto outras podem ser mais suscetíveis aos efeitos negativos. O ideal é estabelecer limites saudáveis e equilibrar o tempo online com atividades offline, o que pode ser benéfico para o bem-estar mental”, destaca Camargo.

Barreiras no acesso ao cuidado em saúde mental
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estigma e discriminação contra pessoas com problemas de saúde mental ainda são comuns, o que faz necessário o apoio mundial para a transformação da saúde mental. “Este estigma social em torno de questões de saúde mental leva muitas pessoas a se sentirem envergonhadas ou relutantes em procurar ajuda. A falta de conscientização também faz com que muitas pessoas não reconheçam os sinais e sintomas ou subestimem a importância dos cuidados preventivos”, ressalta Camargo.

Falta de tempo e de recursos financeiros também são apontados pelo psicólogo como fatores que dificultam o acesso ao cuidado com saúde mental. Isto porque “o acesso a profissionais de saúde mental se torna limitado, seja por fatores financeiros — uma vez que o tratamento de saúde mental, incluindo terapia e medicação, pode ser encarado como dispendioso — ou por fatores geográficos. Um aspecto característico de grandes centros urbanos é a falta de tempo, pois muitas pessoas mantêm estilos de vida ocupados e a pressão de compromissos diários pode fazer com que adiem ou evitem buscar ajuda para questões de saúde mental”.

Como ter uma rotina mais saudável para a mente?
A saúde mental pode influenciar diversas áreas da vida, incluindo o desempenho acadêmico, profissional e as relações sociais. Segundo Camargo, “problemas psicológicos tendem a afetar a concentração, produtividade no trabalho e a qualidade dos relacionamentos, gerando impactos significativos no bem-estar global”. Cada indivíduo funciona de um jeito próprio, porém é possível, de maneira prática, incluir mudanças positivas na rotina:

1) Estabeleça uma rotina matinal positiva, em que é indicado evitar o uso imediato do celular para checar redes sociais ao acordar. Ao invés disso, comece o dia de forma mais tranquila, focando no seu próprio bem-estar.

2) Pratique exercícios físicos regulares, desde atividades em uma academia, por exemplo, ou até uma caminhada rápida, para proporcionar liberação de endorfinas, neurotransmissores associados à sensação de bem-estar.

3) Cultive conexões sociais ativas com amigos e familiares, mesmo que virtualmente, com o objetivo de ter um suporte social fundamental para o bem-estar emocional.

4) Mantenha metas alcançáveis, tendo clareza de metas realistas, isso gera senso de realização e motivação.

5) Limite o consumo de notícias, principalmente negativas, pois podem aumentar a ansiedade. A sugestão é estabelecer limites no tempo dedicado a notícias e escolher fontes confiáveis.

6) Reserve um momento do dia para refletir sobre as coisas pelas quais você é grato.

7) Pratique técnicas de relaxamento, isso pode ajudar a reduzir o estresse e promover a calma mental.

8) Dedique tempo para hobbies e atividades prazerosas, como fonte de sensação de realização pessoal.

9) Cuide da qualidade do sono: estabelecer uma rotina de sono regular, manter um ambiente confortável e evitar dispositivos eletrônicos antes de dormir são práticas que contribuem para uma boa noite de sono.

10) Busque ajuda profissional quando necessário.

 

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Written by: Lucas Nóbrega

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