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Na última semana, estreou na plataforma Netflix o documentário “O golpista do Tinder”. O filme apresenta as histórias das mulheres que foram enganadas por um israelense que fingia ser um oligarca russo, príncipe dos diamantes, que usava o Tinder (aplicativo de paqueras) para encontrar as vítimas, seduzir e obter vantagens financeiras através do falso amor que lhes prometia. Fato é que, todas as ações e artimanhas utilizadas pelo criminoso, demonstram requintes de frieza, falta de empatia e ganância; uma descrição perfeita do perfil de um estelionatário sentimental.
À medida que avançamos no documentário é inevitável se perguntar: Até onde a carência pode nos levar? Quais as projeções emocionais foram feitas por essas mulheres, vítimas deste golpe? E como reconhecer alguém que vai usar a nossa vulnerabilidade contra nós mesmos? Enfim, o criminoso se apresenta como o verdadeiro príncipe encantado, perfeito e com a vida perfeita para preencher o buraco negro da carência e da necessidade de aprovação que assolam essas mulheres. Com seu estilo de convencimento e sua sedução empreendida, ele induz as vítimas a conseguiram dinheiro, ao ponto até de fazerem empréstimos, para bancar seus luxos volumosos. No fim, um prejuízo não somente material, mas também moral, intelectual e psicológico.
Vamos a definição: estelionato é caracterizado por induzir alguma pessoa a uma falsa concepção de algo com a finalidade de adquirir benefício ilícito para si ou para outrem. E como podemos identificar este indivíduo infrator? Se faz mister olhar com mais cuidado os relacionamentos, pois deve haver reciprocidade não só na esfera emocional como também material.
Relacionamentos abusivos que te fazem mal ou fazem você se sentir explorada devem ser evitados. Se você estiver dentro de um relacionamento assim não se preocupe com a opinião alheia não sinta medo ou vergonha, se informe e busque ajuda. Tente perceber até onde você está sendo manipulada.
Entenda que, embora a aceitação de ajuda financeira não possa ser considerada conduta ilícita, o abuso desse direito, mediante o desrespeito dos deveres que decorrem da boa-fé, traduz-se em ilicitude. Emprestar dinheiro ou ajudar o parceiro ou parceira financeiramente não configura, necessariamente, estelionato sentimental.
Lembre-se que, eles são falsários, pilantras, bandidos, criminosos como os demais ao pé da lei, mas a diferença é que praticam a fraude com requinte sentimental.
Enfim, mesmo no relacionamento, fique de olho e esteja atento e não empreste dinheiro de forma recorrente. Nem desfaça de seus bens materiais. Todo cuidado é pouco, mas mais do que isso: o amor próprio é a maior arma, impeditiva para se cair neste golpe. Se você se amar, não vai esperar migalhas e nem cair em contos de fadas. Não usará sua carência para se fortalecer e assim, abrir a guarda para qualquer um que venha destituir sua paz, sua felicidade e seus bens materiais e financeiros.
Dra. Andréa Ladislau / Psicanalista
Psicanalista (SPM); Doutora em Psicanálise, membro da Academia Fluminense de Letras –cadeira de número 15 de Ciências Sociais; administradora hospitalar e gestão em saúde (AIEC/Estácio); pós-graduada em Psicopedagogia e Inclusão Social (Facei); graduação em Psicanálise; embaixadora e diplomata In The World Academy of Human Sciences US Ambassador In Niterói; membro do Conselho de Comissão de Ética e Acompanhamento Profissional do Instituto Miesperanza; professora associada no Instituto Universitário de Pesquisa em Psicanálise da Universidade Católica de Sanctae Mariae do Congo; professora associada do Departamento de Psicanálise du Saint Peter and Saint Paul Lutheran Institute au Canada, situado em souhaites; graduada em Letras – Português e Inglês pela PUC de Belo Horizonte.
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