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Mayra Cardozo: Conheça a trajetória da única mulher brasileira mentora de feminismo

De advogada a mentora de Feminismo e Inclusão e líder de empoderamento, Mayra Cardozo pivotou sua carreira com o intuito de mostrar para as mulheres questões que canalizam opressões internalizadas que visam sustentar uma sociedade com base na opressão

Apesar de serem sempre necessárias, as mudanças causam incômodo e muitas dúvidas nas pessoas. Para se ter uma ideia, segundo uma pesquisa da Pagegroup, cerca de 27% dos entrevistados que possuem mais experiência e 22% dos que apresentam menos experiência responderam como motivo para uma possível transição de carreira a falta de crescimento/oportunidade naquela empresa. Outro ponto levantado na pesquisa é que 23% dos entrevistados, reclamaram da sua insatisfação salarial.

Com esse cenário, a empresária e advogada Mayra Cardozo, especialista em Direitos Humanos, foi um exemplo de mulher que decidiu pivotar em sua carreira. “Comecei fazendo relações internacionais, pois meus pais eram advogados famosos. Meu pai era Ministro do Estado, minha mãe era procuradora do Tribunal de Justiça de São Paulo e, por esse motivo, não queria seguir a mesma carreira que eles para não ser influenciada. Então, comecei em Relações Internacionais, mas vi que não era realmente o que eu queria, pois meu principal objetivo era realizar transformações na vida das pessoas de alguma maneira”, conta a especialista.

Foi então que, no meio da faculdade, Mayra foi cursar Direito, mas na realidade sabia no fundo que gostaria de trabalhar com atendimentos. “Quis fazer psicologia mas minha mãe não deixou. Sempre fui uma ótima aluna, me formei e comecei a estagiar. Percebi que as coisas na prática não eram da mesma forma que eu idealizava, a transformação que eu queria fazer ou ver no mundo não acontecia na prática da advocacia. A pandemia veio em um momento que eu estava infeliz na minha carreira, e tentei apostar em um flerte com a psicologia. Assim, me formei em coach para as mulheres, antes já dava aula de Direitos Humanos”, complementa.

“Tive a ideia de unir feminismo, Direitos Humanos, estudos de gêneros, com as práticas de coach. Mesmo assim, ainda não me sentia gabaritada para tanto, e foi ai que eu achei uma escola de coach feminista nos EUA e apliquei, sou a única brasileira formada por essa escola, onde aprendi a integrar valores de coach, de desenvolvimento humano, justiça social e as questões de gênero. Pela primeira vez eu me percebi alinhada com meu propósito profissional, percebi que eu estava fazendo a diferença nas pessoas, que eu estava plantando uma semente para romper com uma ordem patriarcal, que eu estava citando uma certa revolução”, diz Mayra.

Dessa forma, a advogada sentiu a necessidade de fazer uma graduação de coach fora do país, porque acredita que o coach no Brasil é muito banalizado, por isso queria uma certificação de lugares onde essa carreira é levada a sério. “Essa certificação está me ajudando a alavancar nessa área. No momento que percebi que a minha carreira pivotou foi quando eu vi que eu era a única brasileira nesse trabalho. Vários veículos de comunicação estrangeiros me procuraram, saí em listas importantes. Hoje, percebo que ainda o mercado internacional valoriza muito mais esse trabalho do que o brasileiro. O interesse por falar sobre Direitos Humanos, gênero e justiça social cada vez mais vai crescer”, complementa.

Para esse ano, Mayra deseja continuar a desenvolver seu trabalho de coach feminista, fazer algumas atividades feministas como cursos online e mentorias exclusivas. “Pretendo aprofundar os meus estudos no desenvolvimento humano, apliquei para algumas formações em psicanálise que eu acho que tem muito para contribuir, unindo questões de gênero, questões raciais. A minha ideia é continuar o que eu estou fazendo e me aperfeiçoar cada vez mais para que eu possa sempre conduzir todas as minhas clientes e pacientes da melhor forma possível para ser a transformação na vida delas e no mundo”, comenta.

Clube da Luta

Agora no começo do ano, no dia 15 de março, a empreendedora e especialista lançou o Clube da Luta Feminista. “Muitas mulheres já tiveram aquela sensação de ser apenas um objeto nas salas de reunião. O problema é que esse está no interior da maior parte das mulheres em uma sociedade que preconiza a inferiorização dos corpos femininos”, explica Mayra.

O Clube da Luta é mais que uma roda de conversa de mulheres, é uma comunidade com encontros mensais, pelo período de 5 meses, em que serão oferecidos aulas teóricas, coaching feminista em grupo, meditações e vivências. “Quando descobrimos que as questões não são individuais e coletivas, pegamos nas mãos uma das outras e lutamos juntas para combater o patriarcado”, finaliza Mayra Cardozo.

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Written by: Eduarda Costa

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