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O que o consumidor ainda prefere comprar em lojas físicas?

O que o consumidor ainda prefere comprar em lojas físicas?

Embora o sucesso do e-commerce seja avassalador, o trato físico com produtos ainda é imprescindível e fatores como certos segmentos e a idade dos consumidores pesam na hora da escolha

Assim como vários aspectos da vida, os hábitos de consumo também sofrem influência de diversos fatores: idade, classe social, momento da vida, entre outros. Hoje, o aspecto tecnológico tem grande peso na forma de pensar o consumo para grande parte das pessoas, e a pandemia de covid-19 teve um papel importante nessa mudança. Afinal, o comércio eletrônico era praticamente o único disponível devido ao isolamento social.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), de 2019 a 2022, o e-commerce movimentou R$ 450 bilhões entre 2019 e 2022, mais que dobrando quando comparado com o triênio imediatamente anterior. No entanto, com o fim das restrições sanitárias e com as pessoas voltando a circular pelos centros comerciais e shoppings, o comércio presencial voltou com força.

A prova disso é a abertura de lojas físicas pelas grandes marcas. A Converse, fabricante dos tênis All-Star, inaugurou sua primeira loja física no Brasil em outubro de 2023, em um shopping na Avenida Paulista, em São Paulo. A Shein inaugurou uma loja física provisória no Rio para aproveitar a época natalina, em meados de dezembro de 2023, a fim de aproveitar os bons números de venda no país.

Esse movimento vai de encontro com pesquisa feita pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), que indicou que 72% das pessoas preferiam fazer as suas compras de Natal em lojas físicas. O recorte por idade evidencia que pessoas com mais de 60 anos são as que mais procuram comprar fisicamente, cerca de 81% dos entrevistados. Entre a geração X e Y, cerca de 70%.

Há ainda o movimento de pesquisar em lojas virtuais e efetuar a compra em lojas físicas. Pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e pelo Serviço de Proteção ao Crédito, o SPC, mostrou que 97% dos consumidores buscam informações na internet antes de efetuar a compra em loja física, principalmente quando se trata de produtos como eletrodomésticos, celulares e smartphones, eletrônicos, calçados e roupas.

O caminho inverso existe, mas é menor. Para Maurício Morgado, head do Centro de Excelência em Varejo da FGV: “A loja física não pode só vender produtos, tem de oferecer experiências, serviços e assistência técnica”. A gigante Apple, por exemplo, não prescinde do físico, embora pudesse. Para a marca, “as lojas servem para que o cliente conheça os produtos, aprenda a utilizá-los e tenha a experiência de sair falando no celular”.

Lojas de conveniência e o chamado de varejo de proximidade — minimercados, padarias, hortifrutis, mercearias e açougues — apresentaram grande aumento no número de pontos físicos. A busca por mais praticidade e a menor necessidade de locomoção promovem esse modelo de loja. Alimentação, confecção e cosméticos são segmentos que têm grande retorno financeiro em lojas físicas.

Para Caio Camargo, especialista em varejo, “o que observamos é que a compra de conveniência não está mais tão ligada ao preço. Hoje, as pessoas estão mais dispostas a pagar mais caro para quem entregar mais rápido”. Contudo, para a loja de rua, a rentabilidade é uma questão de localização.

Estudar a região e a necessidade daquele consumidor para certo produto é a chave para o sucesso de um varejo físico. Regina Blessa, especialista em varejo, explica: “se a loja estiver localizada perto de muitos edifícios, […] tende a ir bem. Se ficar em um bairro […] sem muito movimento, provavelmente terá dificuldades”. Para isso, selecionar pontos estratégicos para a loja é importante. Durante a busca, também é possível selecionar por custo-benefício, sendo os imóveis de leilão uma opção vantajosa nesse quesito.

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Written by: Lucas Nóbrega

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