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Como o Digital Signage potencializa o varejo físico?
Joaquim Lopes*
De acordo com o Relatório Global do Mercado de Digital Signage 2022, o setor de Digital Signage no varejo atingirá US$ 30 bilhões até 2028. Mas você sabe o que isso significa? É de se esperar que muitas pessoas não tenham conhecimento sobre o termo, no entanto, ele é muito comum em nossas vidas, de um jeito ou de outro. Também conhecido no bom português como sinalização digital, podemos definir Digital Signage como uma forma de comunicação que utiliza displays digitais, como telas de LCD, LED e até mesmo projeções, com a finalidade de exibir conteúdos publicitários ou informativos, seja em locais públicos ou privados.
Essa tecnologia está presente em vários ambientes, como nas telas do elevador, nos transportes públicos, nos shoppings, aeroportos, no varejo e até mesmo nas empresas como parte das estratégias de comunicação interna. Além do Brasil, o digital signage é bastante comum em países da Europa e Estados Unidos. Um exemplo clássico do uso da sinalização digital é a Time Square, que é repleta de telões que apresentam conteúdos de diversos formatos.
O digital signage tem potencial para crescer ainda mais, especialmente se for agregado a outras tecnologias, como a Inteligência Artificial, que possibilita o uso de sensores ou recursos de interação para fazer a leitura de toques, gestos, padrões de compras e entender se o público permanece em frente à tela ou não, com a finalidade de analisar o comportamento do consumidor e quais os conteúdos mais adequados para exibir de acordo com a audiência, horários, locais, a fim de criar uma experiência customizada.
Inclusive, essa capacidade de coleta de dados, nos mostra que a sinalização digital não é apenas uma ferramenta de exibição de conteúdos, mas também uma fonte valiosa de informações estratégicas.
Diante disso, esse mercado é bastante promissor para o varejo. Mesmo que os e-commerces sejam cruciais para um negócio, as lojas físicas ainda são um canal de vendas muito efetivo, somente em janeiro deste ano as vendas nesta modalidade cresceram 6,1%, de acordo com o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian. E nos últimos anos, o digital signage surgiu como uma ferramenta capaz de transformar a experiência do consumidor, especialmente, em um momento em que o conceito de omnicanalidade se faz presente nas estratégias de negócio. Neste contexto, há ainda o potencial das lojas físicas em influenciar uma venda online por conta de uma experiência vivenciada previamente pelo consumidor em um ponto físico.
Além disso, de acordo com um estudo publicado na Science Direct, um site de publicação de pesquisa científica, o digital signage apresenta pistas sensoriais que fornecem aos consumidores uma experiência que influencia na decisão de compra. Com telas interativas, painéis dinâmicos e displays personalizados, a sinalização digital pode permitir que os consumidores explorem produtos, solicitem informações adicionais e customizem suas compras. Um bom exemplo disso é o McDonalds, a fast food implementou telas que exibem menus dinâmicos, ofertas, informações sobre os produtos, com atualizações e destaques para lançamentos e itens promocionais.
Diante da inovação que o digital signage oferece, é inegável que a tecnologia continuará em expansão, transformando a forma como nos comunicamos e interagimos com o ambiente ao nosso redor, não somente nos Estados Unidos e Europa, mas também em países latinoamericanos. Tanto que, segundo o relatório Latin America Digital Signage Market, este mercado na América Latina projeta um CARG (taxa de crescimento anual composta) de 14,3% até 2025.
O estudo também indica que o Brasil domina a participação no setor, por ser um dos países de maior geração de receita devido à liderança tecnológica da região. Um outro ponto importante de salientar é o crescimento do varejo – para 2023, por exemplo, somente o setor de shoppings deve crescer 14,6%, de acordo com a Associação Brasileira de Shopping Center (Abrasce) – portanto, o digital signage tem um terreno fértil, no país, para implementação, especialmente ao considerar que a inovação é uma necessidade por parte dos varejistas.
*Joaquim Lopes, cofundador da 4yousee
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