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Plataformas como a Front Row trazem melhores condições de compra, curadoria personalizada e autenticação de peças, o que impulsionou as vendas da empresa em quase 80%
O Brasil foi o país que, durante o período mais crítico da pandemia, menos sofreu com a retração econômica no mercado de artigos de luxo, segundo levantamento feito pela Euromonitor Internacional. Com projeção de crescimento de 35% até 2025, ainda de acordo com a empresa de pesquisa, o segmento tem se tornado mais atrativo aos brasileiros devido aos preços melhores — especialmente para second hand — e a consolidação de empresas online que fazem o intermédio dos negócios e auxiliam quem ainda não tem afinidade com as compras de alto padrão.
No Brasil, um grande expoente deste mercado é a Front Row, marketplace de artigos moda de luxo novos e seminovos. A plataforma reúne dos mais bem conceituados brechós de luxo aos individual sellers (pessoas físicas fornecedoras), e se consolidou nos últimos anos como um canal digital para coolhunting de marcas como Hermès, Chanel, Cartier, Dior, Gucci, entre outras. Em 2021, a empresa registrou um salto de 78% no faturamento em relação ao ano anterior, com o ticket médio das compras crescendo 30% e chegando a R$13 mil.
A CEO da Front Row, Lilian Marques, avalia que as barreiras impostas pela pandemia para aquisição de produtos do exterior aqueceram o mercado brasileiro. Com a flexibilização das normas de restrição, hoje quase inexistentes, ela aposta na oferta de condições diferenciadas que fogem das praticadas pelo mercado de luxo para manter o bom momento da empresa.
“Dentro deste segmento, não é muito comum, por parte de quem vende, oferecer a possibilidade de compras parceladas. Quando acontece, normalmente em lojas próprias das marcas, o parcelamento é menor, com juros e sob preços maiores por se tratarem de produtos necessariamente novos. Com a opção de compra em até 10 vezes, por exemplo, conseguimos estimular o consumo consciente e a economia colaborativa, que são nossos propósitos”, afirma.
Recentemente, a Associação Brasileira das Empresas de Luxo (Abrael) divulgou um comparativo que mostra como o quesito mais importante, o preço, pode ser mais vantajoso quando as compras são feitas em lojas nacionais, em alguns casos. Considerando as 5 bolsas femininas mais desejadas, o ticket médio no mercado internacional é de R$22.475 (à vista) e R$23.650 (cartão) nos Estados Unidos, enquanto em países da Europa os valores chegam a R$20.380 (à vista) e R$21.445 (cartão). Já o ticket médio no Brasil ficou em R$22.430 (à vista e no cartão).
Outro fator que atrai a confiança de novos compradores é o leque de serviços que, normalmente, acompanha as plataformas digitais. Lilian Marques lembra que, para muitos, o universo de artigos de luxo como bolsas, sapatos e relógios ainda gera muitas dúvidas. “Quando oferecemos uma curadoria personalizada ou um produto seminovo passa pelo nosso processo de autenticação, que é feito de forma minuciosa, o cliente é atraído a aprofundar neste mercado e, consequentemente, comprar mais vezes. Estamos falando de valores muito altos, o que demanda um atendimento mais cauteloso”, diz.
Atualmente, a Front Row possui 245 fornecedores e 200 brechós cadastrados, com expectativa de aumentar esses números para 300 e 250, respectivamente, em 2022. A empresa já registra clientes ativos em 18 estados brasileiros e pretende, até o final do ano, alcançar pelo menos 20 estados.
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