fbpx

Monólogo “Passarinho” em últimas sessões no RJ

Monólogo “Passarinho” em últimas sessões no RJ

Encarar a dor do abandono, da solidão e da opressão das ruas mantendo aceso o sonho de uma vida melhor, mesmo que, para muitos, pareça uma utopia. Esse é o ponto de partida de “Passarinho”, espetáculo que chega a sua última semana no Teatrinho do Nós do Morro, no Vidigal, em temporada gratuita, nos dias 24 e 25 de junho, sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Com patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Cultura via Foca – Fomento à Cultura Carioca, e apoio do Grupo Nós do Morro, a peça tem direção de Paulo Giannini, é encenada por Nino Batista e os dois assinam a dramaturgia.

Baseado na obra “O Livro dos Abraços”, escrita por Eduardo Galeano durante seu exílio, o monólogo conta a trajetória de um menino expulso de casa pelo pai aos 12 anos e obrigado a enfrentar sozinho o mundo em busca de seus sonhos, de seus ideais, de sua arte e da liberdade desejada.

– Essa conexão, do menino com a obra, começou a surgir ao ler uma matéria de jornal sobre um artista popular expulso de casa aos 12 pelo pai, que não entendia sua arte. Percebi ali o mote para a trajetória do nosso “Passarinho Galeanesco” – revela Giannini.

Os trechos de Galeano, com memórias dos horrores das ditaduras militares na América Latina, se entrelaçam à realidade de “Passarinho”, mostrando uma história que se confunde com várias outras. Mostrando que todas são uma só e refletem a vida presa numa gaiola na esperança de um voo livre, sem grades, paredes ou fronteiras.

– “Passarinho” busca reconhecer o passado para entender o presente e desvendar o futuro – destaca Nino Batista.

O Teatrinho do Nós do Morro fica na rua Doutor Olinto de Magalhães, 16.

Parceria iniciada no Nós do Morro

Paulo Giannini, de inúmeros trabalhos no teatro e no cinema, foi o primeiro professor de Teatro de Nino Batista no Grupo Nós do Morro, em 2008, onde se conheceram e fizeram a peça “Barrela”, de Plínio Marcos, ficando cinco anos em cartaz, de 2008 a 2013, com um elenco de 14 atores. Mais adiante, durante a pandemia, os dois gravaram o longa-metragem “Mundo Novo” na Chácara do Céu, favela vizinha do Vidigal, atuando na mesma família. O filme participou de festivais de cinema e ganhou os prêmios de melhor roteiro e melhor atriz no Festival do Rio em 2022. Através do Grupo Nós do Morro, reconhecido mundialmente com uma das maiores potências na transformação de vidas pelo trabalho artístico que faz em prol das camadas da população menos assistidas ou excluídas de seus direitos culturais, Nino pode conhecer o Teatro.

– A princípio, não tinha a pretensão de ser ator, mas fui por pura curiosidade, pelo que me falavam sobre o ‘Nós do Morro’. Fiz então o teste para o grupo e passei. Fui me desenvolvendo – pois, assim como muitos dos seus alunos, trabalhava de carteira assinada durante o dia e fazia Teatro à noite – até que percebi que já tinha sido tomado pelo Teatro. Com isso, decidi seguir esse ofício muito bonito com muita entrega e dedicação. Fiz prova para Artes Cênicas na Unirio em 2013 e passei, me formando em 2017, até que percebi que não sabia mais fazer outra coisa a não ser aquilo – conta Nino.

Atualmente, Nino faz parte do Nós do Morro e é idealizador da produtora cultural Peixinho Barrigudinho, com seus parceiros Luã Batista e Tai Xavier, produtores da peça, passando em editais culturais como o “Retomada Cultural 2”, por meio do qual escreveram, dirigiram, produziram e atuaram em dois curtas-metragens, “Irmãos de Sangue” e “Ecos de Imperatriz”, em fase de finalização para festivais de cinema.

 

Confira também:

Fique por dentro das novidades com a #TrendsCHK.
Siga a gente nas redes sociais @trendschk.

NEWSLETTER

Receba as novidades no seu e-mail

[mc4wp_form id="68"]
Written by: Lucas Nóbrega

Deixe um comentário