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Tarefas básicas impactam experiência do cliente

Tarefas básicas impactam experiência do cliente

A satisfação do cliente sempre foi importante, já que é o que garante a sobrevivência das empresas. Porém, atualmente, com o excesso de opções, diversidade de opiniões e ofertas de produtos e serviços, o consumidor está cada vez mais suscetível a trocar de preferência caso se encante por uma novidade que o fisgou. Por isso a temática do CX (Consumer Experience) está tão em alta, e deve continuar sendo uma “obsessão” para as empresas que querem se destacar e construir relações fortes e duradouras com os clientes.

Antes de fazer grandes investimentos – de tempo e recursos – em ferramentas mais complexas, é importante que as empresas comecem por tarefas mais básicas que vão contribuir com a construção de um DNA focado na experiência do cliente. Elaine Resende, sócia-diretora de Engajamento e Gestão no Grupo Take 5, especialista em educação corporativa à distância, diz que a inteligência artificial, por exemplo, pode otimizar tarefas executadas pelas pessoas, facilitando que maiores volumes de dados sejam analisados em menos tempo e agilizando decisões de mudança de rota, criação de novos produtos, investimento em outras frentes. “Porém, se a realidade da empresa não permite que ela invista nessa tecnologia por falta de recursos ou porque simplesmente não deseja fazê-lo neste momento, ela ainda pode adotar práticas essenciais relacionadas à cultura da centralidade do cliente”, afirma. Entre estas práticas, estão:

Conversar com os clientes: essas conversas podem acontecer de diversas formas, com pesquisas de satisfação, focus groups, entrevistas. O importante é ouvir o que eles têm a dizer.

Olhar para dentro: colete e organize as informações que você já tem dentro de casa (aquelas que são oferecidas pelos próprios clientes, como opções de compra, frequência, preferências pessoais) para construir abordagens personalizadas e relevantes. Seja criativo e explore formas diferentes de conhecer o seu cliente.

Organizar os dados: certamente, se você está coletando feedbacks com regularidade, você deve ter muita coisa para analisar. Se possível, conte com a ajuda de um software específico para isso (existem várias opções no mercado).

Arregaçar as mangas. Cuidado para não cair na chamada “paralisia dos dados”. Tenha disciplina para transformar os insights que chegam em ações concretas. Certamente os resultados virão.

Construa times treinados e com o foco “do” cliente: Elaine defende que os processos e os colaboradores precisam atuar de modo uníssono e com o foco “do” cliente, quer dizer, sempre segundo o ponto de vista dele e do que seria mais adequado para ele. “Para que as experiências que o cliente vive com uma empresa sejam excepcionais e superem as expectativas, os colaboradores precisam estar engajados, e é aí que entra o treinamento. Um programa de treinamento construído com foco em CX vai garantir consistência na forma de atuar das áreas e estimular que os colaboradores desempenhem suas funções guiados por uma abordagem que coloca o cliente no centro de tudo”, aponta.

Para isso, as áreas da empresa que trabalham com CX devem se assegurar de que o time responsável por Treinamento e Desenvolvimento esteja afiadíssimo com os princípios de experiência do consumidor, fidelização e demais disciplinas afins, e os leve adiante através dos treinamentos com regularidade e consistência em seu programa de aprendizado e desenvolvimento.

“Uma dica extra: invista em treinamentos sob medida, isto é, com conteúdo personalizado para o seu negócio e explore formatos inovadores para garantir que eles sejam, de fato, relevantes para os colaboradores”, completa.

O que diferencia as empresas líderes em CX das demais
Alguns públicos, como a Geração Z, representam um desafio ainda maior para as empresas, por estar naturalmente mais aberta a experimentar o novo e, portanto, menos fiel a marcas, produtos e serviços. “Pronto: o cenário está preparado para que empresas que ainda não perceberam que a experiência do cliente é parte essencial da relação com o cliente encurtem seu tempo de vida”, alerta Elaine.

Junte-se a isto o fato de que está cada vez mais difícil as empresas se diferenciarem de seus concorrentes quando todo mundo está brigando pela atenção do consumidor (cada vez mais conectado) e compartilhando conteúdos (cada vez com mais frequência e mais profissionais) no ambiente digital.

Neste cenário, a experiência do cliente ganhou relevância e se tornou fundamental para as empresas superarem as expectativas e conquistarem a confiança (e o bolso) de seus clientes. Aquelas que lideram o CX, portanto, têm características fortes que as diferenciam das que não despertaram ou não conseguiram promover esta prática ainda.
“Elas trabalham com uma estratégia centrada no cliente; entregam aquilo que prometem e geralmente vão além, oferecendo uma atenção e um cuidado que superam as expectativas; possuem uma cultura de dados incorporada em seus processos internos (o que faz toda a diferença na promoção de mudanças e inovação quando o assunto é melhorar a experiência do consumidor); conhecem bem a jornada do cliente e criam uma experiência consistente em todos os pontos de contato para superar os padrões do mercado e surpreender positivamente”, lista Elaine.

Além disso, completam as atividades essenciais: a coleta de feedback dos clientes de forma constante e organizada; o entendimento de que a tecnologia está aí para ajudar a otimizar processos e agilizar a transformação de ideias em ações concretas; e o engajamento em fazer com que todos os colaboradores conheçam a relevância do CX e exerçam seus papéis em sintonia com as melhores práticas.

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Written by: Lucas Nóbrega

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