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A cirurgiã dentista Talita Dantas diz que substâncias retiradas do sangue do paciente ajudam no rejuvenescimento e podem ser aplicadas por microagulhamento ou até injetadas na pele Sangue da beleza: fibrina rica em plaquetas pode ser usada como preenchimento natural
A ideia pode parecer meio estranha, mas o procedimento é bem simples: com células retiradas de uma pequena amostra de sangue do próprio sangue do paciente, em consultório, é possível rejuvenescer a pele, estimular produção de colágeno e elastina, combater a flacidez e recuperar a firmeza da pele do rosto e do pescoço. Tudo sem precisar recorrer a materiais manipulados ou sintéticos, usando apenas componentes do próprio corpo do paciente. Esses são os resultados do tratamento estético feito com i-PRF (Fibrina Rica em Plaquetas).
“Na prática, o que fazemos é coletar menos de 20 ml de sangue do paciente no consultório e colocar em uma centrífuga específica com uma programação que permite separar o soro de fibrina, que é rico em leucócitos e fatores de crescimento, e é ele que vamos utilizar no tratamento. Essa tem sido uma ótima opção para os pacientes que buscam tratamentos mais naturais e outra vantagem é que o custo do tratamento também diminui”, afirma a cirurgiã dentista Talita Dantas, que atua com harmonização orofacial há seis anos.
E é possível combinar a aplicação do soro a tratamentos como o microagulhamento, que cria microperfurações na pele, permitindo que ele penetre na camada superficial da pele. Além disso, também é possível transformar o soro líquido em gel para utilizá-lo como preenchedor ou injetar o soro de fibrina em uma camada mais profunda da pele. “Esse processo é indicado em alguns casos porque vai estimular a produção de colágeno de dentro pra fora”, explica Talita.
O tratamento se popularizou há alguns anos com famosas como as irmãs Kardashian, mas foi evoluindo ao longo do tempo. O soro que sai da centrífuga é rico em fatores de crescimento que estão presentes no sangue e que vão promover regeneração tecidual com a produção de colágeno. “Esse material é praticamente uma bomba natural de produtores de colágeno. Então ao invés de utilizar produtos sintéticos ou manipulados, vamos utilizar esses fatores de crescimento presentes no próprio sangue do paciente”, explica Talita.
A coleta do sangue segue o mesmo procedimento de uma coleta de sangue para exame. Tudo feito com profissional capacitado para manipular materiais autólogos, utilizando materiais de extrema qualidade, descartáveis e estéreis. “Aqui temos toda uma preocupação com essa cadeia asséptica, afinal o sangue do paciente é retirado e injetado novamente, por isso apenas profissionais capacitados podem fazer esse ciclo completo.
Segundo Talita, os resultados vistos no consultório são muito positivos, iguais ou melhores do que os obtidos com produtos farmacêuticos ou manipulados utilizados para o tratamento de pele. O principal benefício é que estamos usando uma matéria-prima totalmente natural e, por isso temos um risco praticamente nulo de alguma intercorrência, alergia ou rejeição, justamente porque é o próprio sangue do paciente, totalmente biocompatível. E é um procedimento muito tranquilo e com resultados que os pacientes adoram os resultados”, finaliza a cirurgiã dentista Talita Dantas.
A prática é permitida pela resolução 158/2015 do CFO (Conselho Federal de Odotonlogia), que regulamenta o uso de Agregados Plaquetários Autólogos para fins não transfusionais e todo o processo é fiscalizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Isso significa que o odontólogo com capacitação pode fazer uso de produtos do sangue (plasma rico em plaquetas, gel de plaquetas e fibrina rica em plaquetas) para uso terapêutico não transfusional em terapia convencional, com manipulação mínima do produto, respeitando os processos de segurança.
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