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Como inserir fita LED na marcenaria?

Contemporâneo, arrojado e aconchegante, arquitetas explicam sobre a tendência do uso do LED para conferir ainda mais charme aos ambientes da casa

O uso de LED na marcenaria dos móveis planejados tornou-se sucesso entre arquitetos e designers de interiores nos últimos tempos. No projeto da pequena sala de estar realizado pela arquiteta Marina Carvalho, a parede e o rack foram compostos pelo painel ripado. A delicadeza da iluminação foi embutida na prateleira superior que acompanha todo o perímetro da parede | Fotos: Evelyn Müller

Cada vez mais presente e usual nas residências, a marcenaria planejada é uma solução que permite melhorar a questão estética e funcional em todos os cômodos, além de otimizar os espaços em lares com dimensões menores. Essa adaptação da madeira em móveis e outros elementos acaba trazendo alguns benefícios na rotina dos moradores, além de proporcionar conforto e bem-estar ao décor. Porém, um novo recurso está em alta nos projetos de marcenaria: as fitas de LED que tem conquistado o décor de interiores, deixando os ambientes ainda mais sofisticados, além de cooperar no reforço da iluminação onde são instaladas.

Em seus projetos, a arquiteta Marina Carvalho, à frente do escritório que leva o seu nome, é adepta do emprego de fitas de LED para criação de iluminação indireta em diversos cômodos. “Eu aprecio a versatilidade do material para iluminas bancadas. Por isso, sempre estão nas cozinhas, banheiros e áreas de serviço. Elas também são perfeitas para valorizar o mobiliário e destacar os objetos decorativos dispostos”, comenta a profissional. Nesse contexto, ela ainda ressalta que o LED deve, necessariamente, harmonizar com o estilo, a paleta de cores aplicada e se alinhar com as características gerais da marcenaria.

Nesta cozinha projetada pelas arquitetas Claudia Yamada e Monike Lafuente, responsáveis pelo Studio Tan-Gram, o LED exerceu uma atuação multifacetada: a iluminação das prateleiras e o frontão da pia, a serralheria aérea disposta acima da ilha e os detalhes da mesa para refeições rápidas. Como resultado, ainda mais elegância para o projeto de apto com ambientes integrados | Foto: Estúdio São Paulo

Aplicação do LED na marcenaria

Uma das maiores vantagens desse tipo de iluminação é a facilidade na instalação, pois a grande parte dos modelos de fita de LED possui dupla face, simplificando a fixação em qualquer superfície. Caso a fita não disponha deste recurso, é possível utilizar cola instantânea ou de contato.

O primeiro passo é determinar os locais onde a fita será colocada para uma compra de acordo com a necessidade. É interessante destacar que as fitas costumam apresentar marcas de corte, medida que contribui no ajuste mais assertivo durante o processo. Outro modo de fixação é a possibilidade de parafusar a fita de LED na própria marcenaria – um processo que mitiga o risco de descolamento com o passar do tempo.

Após essas análises, a instalação deve considerar os conectores em uma posição próximo à uma tomada para a ligação. Em vias de regra, normalmente as fitas já são acompanhadas por um plug, mas caso o material comprado não disponha dessas características, pode ser acoplado com facilidade. Para fazer a conexão, basta inserir os fios da fita no conector, encaixar corretamente e prender os parafusos com uma chave de fenda fina. Na sequência, basta juntar o conector com o plug.

A arquiteta Marina Carvalho destaca sua preferência por iluminar as prateleiras na parte inferior ou superior, assim como executado na área social desse apartamento | Fotos: Evelyn Müller

Vantagens do LED nos ambientes

Um dos benefícios do LED na marcenaria é que não há restrições e que a fita pode ser implementada em praticamente todos os cômodos: a premissa é sempre conferir um visual interessante para o projeto. A durabilidade das lâmpadas é outro ponto positivo, pois comparada com os modelos tradicionais, o LED apresenta uma eficiência superior e, pensando no quesito sustentabilidade, gera uma energia limpa, pois não emite poluentes e a ausência de raios ultravioleta oferece mais segurança e conforto.

Segundo a arquiteta Claudia Yamada, sócia de Monike Lafuente, no escritório Studio Tan-Gram, a multifuncionalidade do LED é um dos atributos que conquistam não apenas os profissionais da área, como também os moradores. “É incrível o efeito visual que ele produz, enquanto demanda pouquíssimo espaço e ainda demanda baixo consumo de energia”, comenta a profissional. Ela ainda considera vantajoso o fato de o LED iluminar grandes distâncias, diferentemente dos spots, que oferecem uma iluminação bem pontual. “Com uma única fita conseguimos iluminar uma bancada inteira de forma contínua e sem sombras. Os spots nunca nos permitiram isso”, complementa.

Neste lavabo as arquitetas do Studio Tan-Gram adotaram o LED, que foi embutido no entorno do espelho, da bancada e do nicho, para propiciar uma atmosfera mais intimista, surpreendente e tranquila | Foto: Estúdio São Paulo

Móveis e cômodos onde o LED é mais comum

O LED pode ser utilizado em diversas situações e superfícies, porém em alguns móveis e locais ele é mais recorrente. A sala de estar, ambiente onde os moradores costumam permanecer com considerável frequência, é um dos queridinhos para a sua colocação em racks e painéis de TV, por exemplo. Contudo, há de se avaliar a potência ideal da fita, uma vez que luzes de forte intensidade atrapalham para assistir TV.

A cozinha é outro cômodo onde o uso de LED é contumaz. No cômodo, as fitas são consideradas em bancadas, prateleiras e nichos, tanto com o intuito de agregar funcionalidade para os habitantes da casa, tanto para conceder um toque diferenciado e atual na decoração. Em alguns casos, para dispor mais praticidade e valor à marcenaria, o interior de armários e gavetas também podem receber o LED, sendo ativados apenas quando forem abertos.

Nos dormitórios, o LED vai muito bem na cabeceira de cama, em uma composição de essência ainda mais aconchegante, closets, facilitando a escolha das peças no dia a dia do morador e, nos banheiros, a fita concede refinamento ao espaço. “Não existe limite para a utilização dos LEDs na casa, pois ficam super bem em muitas propostas. Minha recomendação é seguir a parcimônia, pois em excesso a aparência fica estranha. O melhor é sempre optar por inserções pontuais”, orienta Marina Carvalho.

O cantinho do home office deste apartamento executado por Marina Carvalho ganhou fitas de LED no forro e nas prateleiras para reforçar a iluminação durante as atividades profissionais. Além de mais gostoso, a luz bem acertada ajuda no aumento da concentração Fotos: Evelyn Müller

Cuidados

Para Marina, o principal cuidado com as fitas de LED está relacionado na escolha do reator, essencial para seu funcionamento. Entretanto, tudo dependerá da metragem da fita ou do comprimento do móvel onde será instalada, haja vista quanto maior a extensão linear, maior o reator. “Quando o ambiente tem forro de gesso, sempre deixo o reator próximo do spot embutido e do móvel. Mas caso eu não tenha esse recurso, sempre busco camuflar em algum cantinho da marcenaria. Esse acesso facilitado é importante para trocas em caso de queima”, recomenda.

Já Monike Lafuente ressalta a importância de se prestar atenção na dissipação de calor que o LED acaba gerando quando a aplicação é efetuada diretamente no móvel. “Muitas vezes fixamos o led em contato com um perfil de alumínio, o que chamamos de calha de led”, finaliza.

No dormitório produzido pelas profissionais do Studio Tangram, o tijolinho foi iluminado com o LED embutido na cabeceira em marcenaria. | Foto: Estúdio São Paulo

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Written by: Ana Leichiringue

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