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Empresária que teve burnout, depressão e síndrome do pânico mentora empreendedores para que possam fugir das armadilhas da ansiedade
O mês dedicado à saúde mental expõe a sobrecarga de conciliar família e carreira; especialista comenta e dá dicas
O nono mês do ano ganha não só uma cor, como um propósito fundamental: falar sobre saúde mental. É durante o Setembro Amarelo que assuntos como ansiedade e depressão passam a estar nos holofotes em prol da prevenção e tratamento, além do combate contra o suicídio, normalmente associado a essas condições.
E como ficam as mulheres, mães e empresárias nesse cenário? Na tentativa de equilibrar a balança entre família e carreira, o resultado pode ser sintomas ansiosos e o temido burnout. Para entender mais sobre o tema e mudar hábitos a tempo, conversamos com Talita Mazzi, palestrante, especialista em gestão e mentora empresarial. Confira!
Delegar funções vai aliviar o peso delas
“Precisamos entender que chega uma hora que não dá para dar conta de tudo com a força do próprio braço e sozinho. O burnout se dá quando a gente vive apagando incêndio só com coisas urgentes, mas esquece de cuidar das coisas importantes”, explica a profissional.
Isso é mesmo prioridade?
Não adianta querer abraçar o mundo sozinha e ao mesmo tempo, viu? Nesse sentido, Talita destaca que, além de delegar tarefas, é importante manter uma lista ativa e atualizada de prioridades – afinal, não se pode fazer tudo ao mesmo tempo. Sendo assim, mapeie o que é realmente necessário naquele momento para não sofrer com a ansiedade de não ter feito tudo e nem com o esgotamento pela quantidade de demandas.
Seja íntegro e viva o momento presente
A palavra íntegro significa ser inteiro. Então é necessário estar por completo nas situações. Trabalhar pensando nas questões domésticas ou chegar em casa e ficar lembrando de assuntos do trabalho não é saudável. Para resolver esse comportamento, a mentora sugere estar integralmente no momento presente para dar o seu melhor. “Esteja ali de corpo e alma. Dessa forma, você vai conseguir equilibrar muito mais, sendo integral onde estiver”, avalia.
Seu foco precisa estar alinhado
Quando a mulher empreende, o caminho tende a ser ainda mais difícil, porque requer foco nesses projetos. “O empreendedor tende a perder o foco muito rápido por conta dos pequenos problemas que acontecem no dia a dia. Ela precisa olhar do portão para dentro, claro, mas também do portão para fora. Isso trará um olhar mais amplo para resolver questões. Enxergar essa facilidade na resolução preserva a saúde mental”, diz Talita.
Perceba suas emoções
Autogestão e autoconhecimento andam de mãos dadas no processo de cuidar das emoções e pensamentos. Por isso, a especialista avalia ser importante estar atento ao que sente para perceber se há algo errado com a saúde. Alguns dos sinais de sobrecarga elencados por ela são:
irritação fácil;
constantes crises de dor de cabeça;
mal-estar excessivo;
fadiga ao acordar;
dificuldade de raciocínio;
perda de foco.
“Então, quando a mulher já começa a fazer muitas coisas ao mesmo tempo, já temos um indicativo de que ele está sob uma sobrecarga grande”, finaliza Talita.
Vale lembrar que o diagnóstico e tratamento de ansiedade, burnout e outras condições psicológicos deve ser feito por profissionais capacitados, como psiquiatras e psicólogos. É importante não se automedicar e buscar ajuda ao notar que algo não vai bem.
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