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Mulheres que nascem com filhos

Samara Felippo e Carolinie Figueiredo estreiam Mulheres que Nascem com os Filhos no Teatro Nair Bello no dia 15 de abril

Com direção de Rita Elmôr, espetáculo aborda de forma sensível, bem-humorada e sarcástica o cotidiano e os dilemas do renascimento da mulher com a chegada da maternidade

Depois de estrear nos palcos cariocas no começo de 2022, a peça Mulheres que Nascem com os Filhos, idealizada e protagonizada pelas atrizes Samara Felippo e Carolinie Figueiredo e dirigida por Rita Elmôr, chega a São Paulo. O espetáculo fica em cartaz no Teatro Nair Bello, no Shopping Frei Caneca, entre 15 de abril e 5 de junho, com apresentações às sextas e aos sábados 21h; e aos domingos 19h.

Indicada para mulheres, mães, homens e todos que são filhos, a montagem aborda de forma sensível, bem-humorada e sarcástica – como a própria vida das mães – o cotidiano e os dilemas do universo da maternidade, além da trajetória de renascimento da mulher com a chegada desse momento.

“Eu renasci com a maternidade. Saí de uma zona de conforto e encontrei minha força e sentido na vida. Fui atrás da desconstrução para me reconstruir junto com minhas filhas. Nessa peça, quero trazer a transformação que é, em qualquer vida, a chegada de uma criança. Quero poder dar voz a essas mães, mulheres, e até pais, que buscam diariamente fazer o seu melhor na criação dos filhos. Desde que minha filha, menina negra, questionou a beleza do seu cabelo, minha vida tomou outro rumo. Fui ao encontro de um mundo racista, cruel e covarde em busca de soluções e acolhimento.”, conta a atriz Samara Felippo, mãe de duas meninas negras e criadora do canal no YouTube “Muito além de cachos”.

Ao abordar temas como a gravidez, o puerpério, a criação dos filhos, a aceitação do corpo pós-filhos e o encontro de sua nova identidade como mulher, o trabalho busca desconstruir modelos e convidar as mulheres a pensar na maternidade para além dos velhos rótulos.

No processo criativo, que durou o tempo de uma gestação, as três artistas levaram para a sala de ensaio suas vivências e memórias, fazendo emergir questões femininas que, muitas vezes, são silenciadas por padrões impostos pela sociedade. E, para trazer outras vozes para a cena, a peça ainda conta com outros depoimentos de mulheres que tiveram suas vidas transformadas quando se tornaram mães.

A criação do trabalho também simbolizou um processo de cura para essas três artistas que puderam revisitar suas relações com a maternidade e a ancestralidade. São muitas as mães com quem a peça dialoga: jovens, maduras, solteiras, casadas, dependentes e independentes, presentes e ausentes.

“Ao longo de nove meses, mergulhamos nas questões da maternidade, do ser filha, ser mãe, e o que isso determina nas nossas vidas. O que recebemos das nossas mães e pais, e passamos adiante. Fomos muito fundo nessas memórias, nessas dores. A maternidade é o tema da minha vida. Eu fui mãe adolescente, aos 18 anos (do Lucas), e tinha então uma relação muito difícil com a minha mãe. Ao longo da vida, tive que me desenvolver muito para curar as dores causadas por essa relação, entender e perdoar minha mãe. Eu e ela conseguimos nos resolver, e, de alguma maneira, eu trouxe isto para a peça. Fui mãe novamente agora, aos 46 anos (da Nina), e o trabalho com as meninas na sala de ensaio também me ajudou muito. Foi um processo de troca intensa”, relata a diretora Rita Elmôr.

Sobre as mudanças na vida ao se tornar mãe, a atriz e terapeuta Carolinie Figueiredo compartilha: “A maternidade mudou completamente minha vida, inclusive no campo profissional. Eu precisei passar por um profundo processo de redefinição de valores após a chegada dos filhos. É preciso sair do automatismo de repetir com os filhos aquilo que recebemos na infância como forma de educar. O mundo mudou, as crianças mudaram e a nossa geração precisa refletir sobre uma parentalidade mais consciente.”

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Written by: Eduarda Costa

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