O calendário do varejo tem atraído cada vez mais o público ávido por promoções e facilidades. A sazonalidade também tem despertado os hackers, que navegam em busca de alvos vulneráveis para roubo de dados e clonagem de cartões. Se antes a preocupação eram apenas as transações online em sites de compras, hoje é preciso redobrar a atenção com pagamentos via PIX e até golpes em máquinas de cartão em lojas físicas.
O mês de março tem um significado para o varejo por conta da Dia Mundial do Consumidor, comemorado no dia 15, e já é considerado como data de grandes descontos. Assim como o comércio e os consumidores estão se preparando para as promoções especiais do período, os ‘cybers criminosos’ também já planejam seus ataques. As fraudes ocorrem de diversas formas, seja a partir de um link malicioso, imagens no WhatsApp, ofertas agressivas em aplicativos e sites ou roubo de dados por meio do cartão de crédito ou de débito.
Uma pesquisa divulgada recentemente pela OLX, uma das maiores plataformas de compra e venda online do país, junto com a AllowMe, empresa de proteção de identidades digitais, revelou que o prejuízo estimado com golpes digitais em 2022 no Brasil chegou a R$ 501 milhões.
“Algumas datas têm sido muito significativas e têm gerado grande movimentação de dinheiro, inclusive no comércio virtual onde criminosos ficam cada vez mais ativos. Precisamos repensar algumas atitudes, principalmente a maneira como estamos lidando com a segurança digital. Proteção deve ser prioridade, principalmente neste momento de invasões, fraudes e golpes de todas as modalidades”, alerta Alan Morais, diretor executivo da EXA Tecnologia e especialista em segurança digital.
Para que não haja dores de cabeça é sempre bom ficar atento ao que está sendo oferecido nos anúncios das promoções e, antes de fazer qualquer tipo de transação online, se certificar sobre a veracidade das informações para que a compra seja segura e não dê abertura para qualquer tipo de tentativa de fraude.
• Desconfie de qualquer oferta muito agressiva. Por trás desses links pode haver roubo de dados, senhas e informações sigilosas que estão armazenados no dispositivo;
• Páginas falsas e links maliciosos podem estar ‘camuflados’ de promoções tentadoras em Marketplaces, sites e aplicativos de compras;
• Prefira acessar os sites das lojas digitando o endereço e não por meio de links recebidos ou divulgados nas redes sociais. O WhatsApp não tem os anúncios, mas oferece risco;
• Se a compra online é com uma loja ou vendedor que você já conhece e o pagamento será feito por PIX, opte por usar o CNPJ da empresa como chave do destinatário – no site da Receita Federal, é possível checar gratuitamente, aqui, se aquele CNPJ de fato pertence a quem está vendendo o produto.
• Não utilize computadores públicos, celulares de terceiros e nem redes públicas ou abertas para uma compra online. Recomenda-se não usar wi-fi pública e nunca efetuar transação bancária com senha em conexões que não sejam particulares. Sempre usar computador com antivírus, firewall ativado e navegador e sistema operacional atualizados.
• Fique atento ao passar os cartões de débito e crédito. Confira sempre o valor a ser creditado, não revele sua senha para ninguém e tenha certeza que o cartão devolvido é mesmo o seu. A troca de cartões é uma prática antiga de golpistas e pode trazer muita dor de cabeça.
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