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Ipefem abre inscrições gratuitas para grupo de apoio
De acordo com o estudo FEEx – FIA Employee Experience, realizado com mais de 180 mil pessoas de 419 empresas brasileiras, os índices de estresse excessivo, assim como a Síndrome de Burnout, impactam mais mulheres e pessoas não-binárias.
Para a psicanalista e idealizadora do Ipefem, Ana Tomazelli, o burnout afeta muito mais mulheres do que homens por conta de uma combinação de fatores relacionados à desigualdade de gênero. ‘’É fundamental abordar os fatores sociais e estruturais que afetam a saúde mental das mulheres, incluindo a igualdade de gênero, a equiparação de oportunidades no ambiente de trabalho, além do auxílio e apoio em relação a maternidade ou a vida pessoal como um todo. Isso pode ajudar a criar um ambiente mais saudável e equitativo para as mulheres’’, pontua a especialista.
O Grupo de Apoio Terapêutico para Mulheres com Burnout, idealizado pelo Ipefem, está em sua segunda edição, e já impactou mais de 5.700 mulheres em todo o país. A iniciativa, que é gratuita e ocorrerá de maneira virtual, tem como objetivo auxiliar mulheres que apresentam sintomas relacionados à Síndrome de Burnout, através de terapias em grupo, de forma a ensinar a identificar e interromper violências socioemocionais no trabalho. As inscrições que antes eram aceitas até o dia 08 de março, agora poderão ser realizadas até o dia 15 do mesmo mês – basta clicar aqui para se cadastrar.
“Devido aos múltiplos papéis e responsabilidades, que incluem desde o cuidado com a família, até trabalhar fora de casa e lidar com as pressões sociais, as mulheres enfrentam muitos fatores de risco para a saúde mental. Não é à toa que os dados sobre a Síndrome de Burnout no gênero feminino são cada vez mais alarmantes”, menciona a profissional Ana Tomazelli.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Women Work em 2022, com um recorte sobre o ambiente de trabalho no Brasil, cerca de 44% das mulheres se sentem esgotadas. Destas, 35% tiveram que ser afastadas dos cargos em que atuavam por conta de sua saúde mental.
Apoio terapêutico
O burnout é um problema de saúde mental que pode afetar significativamente a vida das mulheres, portanto, para além de comemorar ou levantar bandeiras de luta no mês dedicado a elas, é importante que a sociedade debata sobre a exaustão em diversos papéis sociais, bem como redes de apoio, além de políticas internas de cuidado para mulheres dentro do ambiente corporativo.
Buscar auxílio em projetos terapêuticos pode ajudar as pessoas a lidar com uma variedade de problemas como ansiedade, estresse, além de outras adversidades emocionais e comportamentais. ‘’É importante que as mulheres tenham acesso a recursos e serviços de saúde mental adequados, incluindo apoio emocional, aconselhamento e tratamento médico. Estar em um espaço seguro, confidencial e onde possa compartilhar seus medos ou problemas é o primeiro passo para começar a lidar com emoções difíceis’’, finaliza Tomazelli.
‘’Já comprovamos, estatisticamente, que um ambiente mais hostil para as mulheres é diretamente proporcional a maiores níveis de Burnout para elas. As brincadeiras com aparência, a falta de apoio em relação à maternidade e as exigências incompatíveis com uma vida pessoal saudável, além de pressões frequentes no que se referem a estereótipos de gênero, são os principais fatores para a desmotivação e o desenvolvimento de doenças’’, pontua a especialista, que atuou como executiva de Recursos Humanos por mais de 20 anos.
“As mulheres que trabalham dedicam em média 18,5 horas para afazeres domésticos e cuidados de pessoas da família, especialmente os filhos. Homens empregados dedicam 10,4 horas para essas atividades. É importante que a sociedade trabalhe para mudar esses fatores e ofereça um respaldo emocional e social às mulheres. Buscar auxílio em projetos terapêuticos poderá ajudar a lidar com problemas emocionais, mentais e comportamentais”, finaliza.
SERVIÇO:
Apoio Terapêutico para Mulheres com Burnout
Inscrições até o dia 15 de março
Inscrições: https://ipefem.questionpro.com/Apoio-Terapeutico-2023
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