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A moda está mostrando que as bolsas de luxo são mais que um acessório. Afinal, diferentes marcas têm aumentado os valores de suas bolsas, como por exemplo a Chanel. Desde 2019 a marca reajustou o preço do seu portfólio de bolsas clássicas em até 60%. Se por um lado essas bolsas parecem inacessíveis, por outro, elas se tornam cada vez mais um investimento.
A Hermès, cotada a segunda marca mais valiosa do mundo, tem sua imagem em torno da exclusividade. A bolsa Birkin é uma das mais cobiçadas. Isso porque, para adquiri-la, é necessário passar por uma lista de espera que pode demorar anos até eleger “a cliente”. Além disso, a qualidade e a pequena produção do item fazem com que a marca esteja no ranking o mercado de luxo.
A Chanel também vem mudando os critérios de venda e reajustando os preços de seus produtos. Ela alega que o aumento está ligado a cadeia de suprimento e dificuldade de transporte durante a pandemia, mas fica evidente a tentativa de tornar o público-alvo mais seleto.
Afinal, uma bolsa carrega os valores e características de marca icônica, como a criatividade única, o design francês, o compromisso com a preservação do artesanato, instalações e estrutura para sua fabricação na vanguarda da inovação.
Atualmente a label substituiu os números de série e os cartões de autenticidade por chips compatíveis com tecnologia NFC. Assim fica fácil verificar a origem da pessoa que adquiriu a bolsa inicialmente e rastrear quando for revendida, por exemplo.
Em 2019, uma bolsa clássica, de tamanho pequeno da Chanel, estava avaliada em US$ 4.920, aproximadamente R$ 25.000. No entanto, em 2022, o mesmo modelo custa US$ 8.200, cerca de R$41.500 mil. Já a versão grande da bag, a “2.55”, passou de US$ 7.400 (R$ 37.500) para US$ 9.500 (R$ 48.000).
O reajuste também está na LVMH. Estima-se que os aumentos globais da Louis Vuitton, marca que pertence ao conglomerado, ficaram em média entre 6% e 7%. Entretanto, os altos preços não afetaram seus lucros. De acordo com dados do The Wall Street Journal, 2021 foi o melhor ano de todos os tempos para o LVMH. A receita chegou a 64,2 bilhões de euros, ou cerca de US$ 73,1 bilhões. Um aumento de 20% em relação a 2019.
Espera-se que o grupo Kering (Saint Laurent, Balenciaga, Gucci) siga na mesma direção. Em janeiro, a Balenciaga já teria aplicado um reajuste para a China, de até 4% na bolsa Hourglass, que pode seguir para outras localidades. Segundo o Reuters, a Marmont, da Gucci, também recebeu um ajuste de 3% em seu valor, enquanto outros acessórios podem aumentar em até 15%.
No entanto, não é só as grifes que lucram. Quem possui uma ou mais bolsas de luxo pode aproveitar o momento para desapegar. Além disso, tem lojas especializadas em moda circular que estão investindo na curadoria de bolsas de grife de segunda mão.
Um exemplo, é a atriz Fiorella Mattheis, que criou a Gringa em 2020: um marketplace com bolsas de luxo e outros acessórios de segunda mão. Recentemente a marca abriu uma loja física no shopping Leblon, no Rio de Janeiro.
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Mas a Gringa também oferece serviço de concierge. A empresa retira o produto na casa do vendedor e, em seguida, faz a curadoria, fotos e precificação. Por esse trabalho, é cobrado um take que começa em 25% do valor da venda.
No site é possível encontrar produtos de Louis Vuitton a Channel, de Gucci a Prada, de Celine a Christian Dior. As opções vão desde carteiras de R$ 500,00, a bolsas por mais de 80 mil. Mas o tíquete médio das vendas gira em torno de R$ 3.200.
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Tem uma bolsa parada no seu armário? Então aproveite a alta para lucrar.
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