fbpx

Investidor anjo dá dicas de investimentos em startups

Investidor anjo dá dicas de investimentos em startups

O relatório recente do Inside Venture Capital aponta queda de 86% no volume total de aportes em startups brasileiras no primeiro trimestre de 2023 na comparação com o mesmo período de 2022. Foram captados US$ 247,02 milhões em 91 rodadas nos primeiros três meses do ano, contra US$ 1,7 bilhão em 306 rodadas no mesmo intervalo do ano passado.

“A queda nos aportes, que começou em 2022 e deve perdurar até boa parte de 2024, é resultado de uma conjunção de fatores, com destaque para o cenário macroeconômico global e nacional. Com a aceleração da inflação e a alta dos juros nos Estados Unidos e no Brasil, o custo de oportunidade do capital ficou maior e os grandes investidores passaram a ter mais opções com menor risco e rentabilidade atrativa. Além disso, o mau desempenho financeiro de várias startups, que captaram muito dinheiro nos últimos anos e foram incapazes de construir modelos econômicos minimamente sustentáveis, deixou os gestores de fundo mais seletivos na sua alocação de capital”, explica Flavio Dias, conselheiro e advisor de diversas empresas nacionais e internacionais e Investidor Anjo profissional.

A boa notícia é que as empresas que sobreviverem a esse inverno das startups terão negócios mais fortes e com maiores chances de prosperar. “Houve uma racionalização nos “valuations” e uma valorização maior dos empreendedores a respeito da necessidade de pensar e desenvolver um negócio que tenha um caminho mais claro, concreto e mais rápido para a rentabilidade. E sobretudo para a geração de caixa, viabilizando sua sustentação, sem a obrigação de novas rodadas para garantir a sobrevivência do business”, ressalta Dias.

Acompanhe as dicas de Flavio Dias sobre como o empreendedor pode atrair investimentos para sua startup neste momento de diminuição de aportes:

Solução para o mercado
O principal motivo de um empreendedor conseguir atrair capital de investidores qualificados é mostrar que resolve uma dor importante em um grande mercado. E convencer que consegue fazer isso melhor que os outros, por meio de sua tecnologia, com escalabilidade e agilidade. Precisa mostrar que possui um time com conhecimento e capacidade de execução diferenciada. Se puder mostrar validação e tração melhor ainda.

Capacidade de gestão
Outro ponto importante é a capacidade de gestão de um modelo de negócios rentável e que tenha geração de caixa, ou no mínimo projete um consumo baixo de caixa em um prazo curto. Além da sempre valorizada capacidade de crescer um negócio, agora importa a sua capacidade de gerir seus investimentos e suas despesas de forma firme e eficiente durante essa jornada de crescimento. “Cash is king” nunca foi tão importante nesse mundo das startups como está sendo no momento.

Crescimento no ecossistema de startups
Para o empreendedor crescer no ecossistema é necessário cercar-se das pessoas certas, nos momentos certos e ter capacidade de articular sua proposta de valor com a relevância adequada para cada interlocutor. Desempenham papel importante nessa rede do empreendedor os seus investidores, mentores e advisors. A participação em programas conceituados de aceleração ajuda muito: 500 startups, YC, Techstars e Endeavor são os mais disputados. Eventos e meetups com agentes do ecossistema podem gerar novos contatos e boas oportunidades.

Construção de marca
Um bom trabalho de construção de marca e reputação com os diferentes stakeholders também é imprescindível. Ter uma agenda de valor/impacto, um propósito inspirador e lidar com tudo isso de forma apaixonada e autêntica são ingredientes importantíssimos nessa árdua missão.

Setores que deverão receber maiores aportes este ano

Agronegócio
O agronegócio no Brasil passa longe da crise. Muitas culturas vêm experimentando safras recordes e os preços das commodities no mercado externo (impactados pela guerra na Ucrânia e pelos desentendimentos entre China e EUA) têm ajudado ainda mais os produtores nacionais. Há mercado e oportunidade e é natural que a força empreendedora intensifique a criação de soluções para essa área.

Saúde
A área de saúde foi forçada a avançar mais rapidamente na adoção de tecnologia pela pandemia, porém, isso é só o começo. É uma área ainda extremamente carente de inovação, e, ao mesmo tempo, envolve um mercado enorme. A digitalização da jornada do paciente, desde um possível monitoramento por IOT (Internet das Coisas), passando por consultas virtuais, prescrições digitais, aquisição online dos medicamentos, já é realidade no país e ainda tem muito a evoluir.

Educação
Na área da educação, entendo que o grande impacto venha do crescimento da adoção da Open AI (Chat GPT) e em toda revolução que isso pode representar para professores, alunos e instituições de ensino.

Setor Financeiro
No setor financeiro, apesar de muitas fintechs já terem conquistado espaço, ainda temos uma concentração enorme de prestação de serviços na mão dos grandes bancos. Com a evolução do Pix, do open banking e o crescimento dos cripto ativos, imagino que surgirão vários negócios no setor.

Varejo
O varejo passa por uma fase extremamente desafiadora, com pressão nas margens, nas vendas e nas despesas. Nesse cenário, é natural a procura por novos processos, tecnologias e parcerias que permitam melhorar os resultados. Com a mudança de comportamento dos clientes e a evolução das tecnologias, temos novos canais, novas ferramentas e novos serviços sendo criados e aperfeiçoados.

Confira também:

Fique por dentro das novidades com a #TrendsCHK.
Siga a gente nas redes sociais @trendschk.

NEWSLETTER

Receba as novidades no seu e-mail

[mc4wp_form id="68"]
Written by: Lucas Nóbrega

Deixe um comentário