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Morte no Irã gera dúvida no preço: petróleo e alimentos

Morte no Irã gera dúvida no preço: petróleo e alimentos

A mídia estatal do Irã confirmou, no domingo (19), a morte do presidente do país, Ebrahim Raisi, em um acidente de helicóptero perto da fronteira com o Azerbaijão, onde a aeronave precisou realizar um pouso forçado. Ele estava acompanhado do ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amirabdollahian, que também morreu. O impacto da notícia repercutiu rapidamente pelo mundo.

O alerta para o agro brasileiro, que já atravessa semanas complicadas após o acontecimento no Rio Grande do Sul, foi ligado e observa um dos seus melhores compradores entrar em uma espiral de crise política. “Se houver uma escalada, um dos riscos é o Estreito de Ormuz, responsável por 30% do petróleo mundial. O impacto nos alimentos pode ser negativo se houver uma questão logística sobre isso”, avaliou Roberto Kanter, professor de MBAs da Fundação Getúlio Vargas, ao avaliar reflexos na cadeia do petróleo.

Outro produto que despertou o alerta do agronegócio foi a soja, cujo mercado alcançou US$ 1,28 bilhão de exportação para o Irã, em 2023, cerca de 2,5 milhões de toneladas. Milho e outros grãos, processados ou não, acumularam cerca de US$ 824,5 milhões em transações.

Um outro percalço na oferta brasileira sobre as exportações, foram as chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul e interferiram negativamente na logística de transporte de alimentos. Além do arroz, a soja sofreu com as inundações. Segundo dados da Emater/RS-Ascar, cerca de 76% da área destinada ao plantio foi colhida.

A plataforma governamental Agrostat, apontou que o Irã foi 13º maior comprador das exportações nacionais em 2023, com cerca de US$ 2,3 bilhões investidos. O país árabe é um dos maiores consumidores dos grãos brasileiros e figura entre os 10 maiores clientes quando o assunto é alimentos.

“Está cedo para sentirmos algum impacto sob os alimentos que importamos e exportamos do Irã. O desdobramento da morte do presidente do país deverá acontecer nos próximos dias, vamos acompanhando a repercussão para entender se vai ou não influenciar no nosso mercado”, avaliou Fábio Queiroz, 1º vice-presidente da Associação das Américas de Supermercados.

Petróleo interfere na cadeia de abastecimento

Segundo Roberto Kanter, da FGV, o petróleo será o grande ponto de observação na economia brasileira. Embora não esteja ligado diretamente aos alimentos, o valor da matéria-prima dos combustíveis está diretamente ligado ao custo do frete dos caminhões e, consequentemente, no preço final dos produtos.

“Dependendo do que acontecer com o petróleo, a incerteza vai respingar no Brasil. Mas apenas se a logística for realmente impactada”, pontuou Kanter. Em uma análise sobre o que ocorre no Oriente Médio, o professor é enfático, “ainda acho difícil uma escalada sem precedentes”, portanto isso não deverá ter força para jogar o Irã em uma instabilidade irreversível.

Apesar do clima de tensão ocasionado pela morte do presidente do Irã, os valores nos preços futuros do petróleo bruto nesta segunda-feira (20) permaneceram estáveis em todo o mundo. Segundo a Investing Brasil, as ações do petróleo Brent (principal referência para o valor do óleo) ficaram em US$ 83,64 o barril, uma queda de 0,40% ou 0,34 centavos.

Vale ressaltar que o Irã está entre os maiores produtores de petróleo do mundo, ocupando o 3º lugar, com uma produção estimada em 3,6 milhões de barris/dia.

Sobre a ASSERJ
Foi com um pequeno número de associados que nasceu a Associação de Supermercados do Rio de Janeiro (ASSERJ), mais precisamente em 1969, um ano após a atividade supermercadista ser definida e regulamentada no País. Criada com o intuito de fortalecer e defender a cadeia supermercadista do Estado, a ASSERJ atendeu bem ao seu objetivo principal. Há mais de cinco décadas representando e defendendo os interesses do setor, a ASSERJ adquiriu know-how no setor supermercadista, oferecendo aos seus associados cursos de aperfeiçoamento, palestras, consultoria e assessoria na área jurídica, gestão, recursos humanos, prevenção de perdas, alimentos seguros, marketing, além de muitas outras atividades relevantes para o setor.

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Written by: Lucas Nóbrega

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