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compulsão alimentar: Nutricionista Clara Miranda defende “volta às origens” por mais saúde e menos desperdício de alimentosNutricionista Clara Miranda
“É passada a hora de termos mais consciência alimentar, porque estamos doentes pelo consumismo, que produz diabéticos, cancerosos e obesos”. É com esta frase que a nutricionista Clara Miranda defende a urgência da conscientização coletiva sobre o que se consome e, principalmente, sobre o que tem ido para o lixo todos os dias na casa dos brasileiros.
Embaixadora do movimento Stop Food Waste Day no Brasil, campanha de educação e sensibilização para redução de desperdício alimentar, Clara Miranda atua há quase duas décadas na área de Marketing nutricional, contribuindo para que mais pessoas tenham consciência acerca do que colocam no prato.
Atitudes simples, mas que têm sido ignoradas, podem ajudar a alcançar a meta estabelecida pelo movimento: a de reduzir em 50% a perda alimentar até 2030, a partir da mudança de comportamento e adoção de novos hábitos. Alguns, não tão novos assim, apenas esquecidos, como: colocar menos comida no prato, comer mais devagar e de forma mais consciente. “Sentar para comer, sem distrações, sem estar em frente à TV, como quem está alimentando um templo, como um ritual mesmo, é necessário”, recomenda a nutricionista.
Estes simples passos farão a diferença tanto na redução do desperdício quanto na saúde das pessoas, que, mais atentas ao que consomem e munidas de informação sobre os “elementos de compulsão”, poderão fazer escolhas mais equilibradas.
Miranda elenca alguns passos práticos para combater a compulsão alimentar e favorecer o consumo consciente:
“A sobrecoxa assada de hoje que sobrou pode se transformar em frango desfiado para uma tapioca amanhã”, sugere.
“As prateleiras dos supermercados estão repletas de temperos que causam um estímulo à compulsão alimentar, por conta da presença do glutamato, um realçador de sabores que acrescenta o quinto sabor ao alimento. Troque pelas ervas e temperos naturais, que não apenas temperam, mas também perfumam o alimento. O gengibre, a cúrcuma e a canela são exemplos de alimentos que trazem saúde para o prato de forma muito intensa”, recomenda.
“A resposta do corpo para um novo hábito alimentar é muito rápida. Sete dias são o suficiente para educar o paladar a novos sabores e novos hábitos de saúde”, indica.
“Hambúrguer, biscoitos, pipoca, amendoim. Todos são exemplos de alimentos redondinhos que se come com a mão e que geram compulsão alimentar. Tive uma experiência com um paciente obeso que adorava comer pipoca na bacia. Sugeri, então, uma experiência: comer salada na bacia, com as mãos. Deu certo. Transformar um hábito exige um passo”.
“Fazer uma salada é muito fácil, basta reunir cinco elementos crus: um tomate, dois legumes, dois tipos de folhas, sendo que um deles pode ser uma folhinha de manjericão, um fitoquímico maravilhoso. Para completar, passe alecrim num fio de azeite e pronto. Comece a se alimentar comendo primeiro a salada, pela saciedade que ela vai dar”, aconselha.
Miranda diz que as receitas de pratos únicos são ótimas aliadas para evitar o desperdício, porque podem ser feitas, inclusive, com aqueles alimentos que estão perto da validade dentro da geladeira, mas podem se transformar em uma sopa nutritiva, por exemplo. A nutricionista dá uma dica: “Para hoje, churrasco de fraldinha; amanhã, fraldinha na panela de pressão, desfiada com mandioca. E no jantar, sopa de mandioca com alho poró”.
Independentemente do tamanho da moradia, vasinhos de temperos cabem em qualquer lugar. “Tenha em casa manjericão, cebolinha, alecrim, e use estes temperos naturais na hora de cozinhar”, diz.
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