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Bem-estar relacionado à higiene, potencializado na pandemia, estimula criação de fragrâncias na Takasago

Estudo da empresa Takasago apontou que 55% dos consumidores desejam se sentir mais relaxados; multinacional foi pioneira ao associar ingredientes a atividades cerebrais e a quantificar emoções nos anos 80.

A pandemia do novo coronavírus promoveu uma grande revolução quando se fala em higiene e prevenção, tornando-as diretamente relacionadas à sensação de bem-estar. O sentimento de estar protegido contra a Covid-19 é um dos motivos. Porém, há outro fator: as reações cerebrais a determinadas fragrâncias. Algo que a Takasago, pioneira no assunto, se especializou desde os anos 80.

Um dos estudos da multinacional japonesa – uma das cinco maiores empresas de aromas e fragrâncias do mundo, com operação em 27 países, incluindo o Brasil – durante a pandemia apontou que 55% dos consumidores brasileiros desejam se sentir mais relaxados e calmos. Ao entender a tendência do consumidor em buscar a relação higiene/bem-estar, a Takasago utiliza diversas ferramentas e tecnologias para a criação de fragrâncias que entregam não só a performance/eficácia para diversas categorias (limpeza, frescor, antibacteriana, entre outras), mas que também agregue os poderes de energizar, relaxar, ajudar na hora do sono ou até mesmo na sensação de emoção e amor. “Desde o começo da pandemia, estudamos as necessidades dos consumidores e a relação deles com as atividades do dia a dia. O brasileiro sempre teve o hábito de limpar frequentemente a casa e a pandemia aumentou a necessidade de a deixar sanitizada também”, comenta Nadine Santos, gerente de Consumer Insight & Market Research (CIMR).

Tais sentimentos estão relacionados a uma série de fatores psicológicos, como a sensação de “dever cumprido”, proteção, entre outros. Mas também há fatores biológicos, como comenta o Coordenador do Serviço de Interconsulta Psiquiátrica do Vera Cruz Hospital, Dr. Petrus Raulino. “Há uma convergência não somente comportamental, mas também neurobiológica entre determinados aromas, bem-estar e memórias agradáveis. Nosso sistema olfativo tem forte ligação com áreas cerebrais relacionadas ao processamento das emoções e do humor”.

Pioneirismo

A Takasago foi pioneira no assunto, mesmo décadas antes da pandemia do novo coronavírus, ao publicar um estudo sobre a ação de ingredientes nas atividades cerebrais e a quantificação de emoções, fazendo a associação dos ingredientes a diversas sensações. “Quando estamos no processo de desenvolvimento de alguma fragrância, seja ela para um cliente, produto ou categoria, sempre avaliamos os elementos que, com as pesquisas da Takasago, estão mais associados ao bem-estar”, comenta o perfumista Tiago Motta.

Principais notas de fragrâncias para o bem-estar

Por meio dos estudos, a Takasago chegou a uma gama de notas que possui maior efeito positivo no psicológico, algo que ainda é muito subjetivo, segundo Motta. “Para mim, as notas de lavanda, capim-santo, limão, musk, cheiro de café coado, roupa lavada ou de roupa que secou ao sol são estímulos que me trazem a sensação de bem-estar, mas minhas referências são baseadas nas minhas vivências, na região onde cresci e em diversas experiências que tive. Para criar uma fragrância, eu preciso saber o que o cliente procura, quem é o consumidor deste produto, qual categoria“, explica.

Entre as notas mais utilizadas com este intuito estão as herbais, cítricas e florais, com associação direta à sensação de higiene. “A Takasago traz, há quase 40 anos, a expertise em estudos que relacionam fragrâncias a emoções, então eu tenho uma plataforma incrível para usar como ferramenta na hora de construir fragrâncias que agregam benefícios que vão além da perfumação. Quando é possível, incluo acordes da nossa tecnologia de CNV-EEG (que mede a atividade do cérebro quando exposto a determinados ingredientes), tornando possível aumentar a sensação de relaxamento e até melhorar a qualidade do sono com estas fragrâncias”.

Para o perfumista, o grande desafio é entender a real necessidade do futuro consumidor e o que transmitiria a sensação de bem-estar para traduzir em uma fragrância. “Esses gatilhos olfativos são muito subjetivos e relativos, então precisamos trazer consumer insights, análises de mercado, uma cocriação entre perfumistas, avaliadoras e as equipes de CIMR, Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) e Marketing. Assim, conseguimos interpretar o que traz o bem-estar para consumidores de diferentes perfis e tentar achar pontos em comum para que nossa fragrância atenda ao maior número de critérios possível”, conclui Motta.

Segundo dados da primeira edição da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico COVID-19 (Vigitel), do Ministério da Saúde, 8 a cada 10 brasileiros afirmaram ter adotado o hábito de lavar as mãos regularmente com água e sabão ou higienizá-la com álcool, bem como a limpeza de superfícies e objetos. O maior percentual foi entre as mulheres (87,3%) quando comparadas aos homens (77,7%). O não compartilhamento de objetos de uso pessoal e trocar de roupas e sapatos ao chegar em casa passaram a ser seguidos por 66,3% da população.

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Written by: Eduarda Costa

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