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Desodorantes de cristal ou pedra se destacam pela longa duração, cuidados com o meio ambiente e menor agressão à pele
Uma tendência que vem se solidificando aos poucos no mercado brasileiro é o uso de desodorantes de cristal. Seguindo a linha de campanhas recentes que priorizam cosméticos naturais e veganos, esses produtos ganham destaque com outros benefícios além das questões ambientais.
Um dos temas que tem colocado os holofotes sobre o desodorante de cristal é exatamente a nomenclatura. Muito do que se consome hoje como desodorante na verdade é também antitranspirante, ou seja: cria uma camada de sais de alumínio na pele que impede a transpiração. Já o desodorante é focado em eliminar bactérias que causam o mau cheiro, sem bloquear as glândulas sudoríparas.
Até hoje são desenvolvidas pesquisas que buscam entender o impacto do alumínio no antitranspirante. ONGs como a Oncoguia ressaltam que não há comprovações de relação com desenvolvimento de câncer, porém este tipo de material (com a fórmula química do alumínio facilmente absorvida pela pele) é mais suscetível a reações alérgicas e doenças inflamatórias como hidradenite supurativa. Já a forma do alumínio comum das pedras não é o cloridrato de alumínio, mas sim o alumínio de potássio, um mineral natural.
O desodorante de cristal (também chamado de desodorante de pedra) é elaborado de forma natural, sem levar parabenos ou sulfatos. O uso é bem simples: basta umedecer o cristal com água e passar na axila. Ele já vem com a ponta arredondada, evitando machucados contra a pele. O efeito bactericida elimina as bactérias que causam odores desagradáveis, sem bloquear as glândulas responsáveis pelo suor – essencial para o equilíbrio de temperatura corporal.
Economia e durabilidade
Além de ser menos suscetível a reações alérgicas e não permitir absorção de alumínio, o desodorante de cristal tem outras vantagens. As marcas de maior destaque no mercado contam com produção totalmente natural e sem testes em animais. Por serem importadas, até pouco tempo eram de difícil acesso ao público brasileiro. A startup curitibana Verdê facilita a compra de marcas como a alemã Alva e a norte-americana Lafe’s, fazendo curadoria de produtos, atestando que são veganos. Assim, abre-se um mercado consumidor mais consciente que não precisa gastar em excesso com importação individual.
“O preço dos desodorantes de cristal, que podem impactar ao primeiro olhar, são na verdade uma grande economia quando analisamos a durabilidade do produto”, comenta Johny Dallasuanna, sócio da Verdê. Na Loja da Verdê, por exemplo, o Desodorante Kristall Stick da Alva de 120 gramas sai a R$ 84,90. Porém, o produto chega a durar até dois anos de uso, muito superior a outros desodorantes e antitranspirantes. “O desgaste da pedra é lento e eficaz, aumentando a durabilidade mesmo com uso regular”, complementa o sócio.
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