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Cristiana Lôbo morre aos 64 anos

Cris Lôbo durante participação no Programa do Jô em 2012 — Foto: Zé Paulo Cardeal/Globo

Cristiana dos Santos Mendes Lôbo 

A jornalista e colunista de política Cristiana Lôbo morreu nesta quinta-feira (11), aos 64 anos, em decorrência de um mieloma múltiplo, do qual se tratava havia alguns anos. A doença foi agravada por uma pneumonia contraída nos últimos dias. Cristiana estava internada no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

A comunicadora, formada pela Universidade Federal de Goiás, acompanhou a política brasileira desde 1982. Cobriu os governos Figueiredo, Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro. Antes de falecer, comentava os bastidores de Brasília, as decisões do governo federal e as negociações com o Congresso Nacional.

Memória

Ao site Memória Globo, Cristiana relembrou momentos marcantes de sua carreira:

Um dos períodos mais intensos citados por ela foi a cobertura da campanha Diretas Já, em 1984, que pedia a reabertura democrática no país, depois de duas décadas de ditadura militar.

Naquele tempo, não existia celular, nem internet, a única coisa que havia era um telefone que você apertava e a redação ouvia. Eles pediam 15 linhas, e a gente tinha de fazer o retrato daquele momento”, recordou Cristiana.

A jornalista cobriu momentos decisivos da história do país nas últimas quatro décadas. Depois das Diretas, veio o governo do ex-presidente José Sarney. Cristiana lembra que foi um período de muito trabalho.

No dia em que foi editado o Plano Cruzado, de reforma da economia, eu tinha voltado da minha licença-maternidade. Saí de casa às 7h, voltei às 23h. Cheguei a ter febre. E nesse dia o bebê não mamou”, contou ao Memória Globo.

Ela se destacou também na cobertura da passagem de governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Teve um dia em que fiquei no ar de manhã até a noite, porque a gente ia descobrindo quem é que saía e quem entrava. Era o paraíso para nós: notícia o dia inteiro. Para mim, melhor do que isso, só os filhos!”, disse Cristiana.

Cristiana Lôbo deixa o marido, Murilo, dois filhos, Gustavo e Bárbara, e dois netos, Antônio e Miguel.

Mieloma múltiplo

É o câncer das células plasmáticas, que são um tipo de glóbulo branco na medula óssea. Esse problema se dá quando um grupo torna cancerígeno e se multiplica. Essa doença pode danificar os ossos, o sistema imunológico, os rins e a contagem de glóbulos vermelhos. Os tratamentos paliativos incluem medicamentos, quimioterapia, corticosteroides, radioterapia ou um transplante de células-tronco. É uma doença rara e infelizmente, não tem cura.
Sintomas: não necessariamente apresenta sintomas, é necessário que se mantenha uma rotina de check-ups para poder detectá-la com antecedência. Os possíveis sintomas são:
  • Dor óssea, em qualquer osso, porém mais frequente nas costas, quadris e crânio. Fraqueza óssea no corpo todo (osteoporose) ou onde houver um plasmocitoma. Fraturas, às vezes, devido a apenas um pequeno estresse ou lesão.
  • Falta de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Uma quantidade reduzida de glóbulos vermelhos (anemia) causa fraqueza, falta de ar e tonturas. Uma quantidade menor de glóbulos brancos (leucopenia) diminui a resistência às infecções. A diminuição das plaquetas no sangue (trombocitopenia) pode causar sangramentos importantes.
  • Perda óssea, cálcio é liberado, podendo aumentar o nível de cálcio no sangue (hipercalcemia). Isso pode causar desidratação e inclusive insuficiência renal. O aumento do cálcio também pode provocar constipação, perda de apetite, fraqueza, sonolência e confusão. Se o nível de cálcio é muito alto, pode levar ao coma.
  • Enfraquecimento da coluna vertebral, podendo fraturar e pressionar os nervos espinhais. Essa condição denominada compressão da medula espinhal pode causar dor súbita intensa, dormência ou fraqueza muscular, em casos mais graves, pode levar a paralisia.
  • Proteínas anormais e tóxicas para os nervos. Esse dano pode levar a fraqueza e dormência e, às vezes, a neuropatia periférica.
  • Aumento de densidade sanguínea, denominado hiperviscosidade, pode retardar o fluxo sanguíneo para o cérebro e provocar confusão, tontura e sintomas de um acidente vascular cerebral, como fraqueza em um lado do corpo e fala arrastada.
  • Aumento da proteína na urina, que podem levar os rins a começar a falhar, perdem a capacidade de eliminar o excesso de sal, líquidos e detritos do organismo, podendo levar a sintomas como fraqueza, falta de ar, coceira e inchaço nas pernas.
  • Aumento de infecções, porque o corpo é incapaz de produzir anticorpos para ajudarem no combate às mesmas. A pneumonia é uma infecção comum e grave em pacientes com mieloma.
*Essa matéria foi produzida baseada nas seguintes fontes informativas: G1 Política e Oncoguia.

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Written by: Laís Dias

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