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De infecção à perda auditiva, Hospital Paulista alerta para riscos dos fones de ouvido em academias

De infecção à perda auditiva, Hospital Paulista alerta para riscos dos fones de ouvido em academias

Além do volume alto, aparelhos podem acumular mais de 10 mil fungos e bactérias, causadores de eczemas, infecções fúngicas e otites, afirma especialistaCrédito da imagem: Shutterstock

Que a prática de exercícios físicos é essencial para a manutenção de uma vida saudável, todos já sabem. Aliada a uma boa música, ela pode se tornar mais prazerosa. Por esse motivo, muitos adeptos da academia utilizam fones de ouvido nas academias. No entanto, alguns cuidados devem ser levados em consideração durante os treinos, evitando, assim, eventuais problemas de audição e infecções de ouvido.

A otorrinolaringologista Bruna Assis, do Hospital Paulista, faz um alerta para os riscos envolvendo o uso de fones em ambientes, que, assim como as academias, já possuem barulhos maiores.

“Quando utilizados em volumes muito altos, os aparelhos podem gerar danos irreversíveis à audição. Além disso, o uso em excesso pode acarretar outras patologias de orelha externa, como otites, eczemas e infecções fúngicas”, explica a especialista.

O limite de ruído suportado pelo ser humano equivale a 140 decibéis (dB). Dra. Bruna destaca, no entanto, que os sons acima de 85 dB, usados por mais de 8 horas diárias, já podem causar desconfortos e danos à audição, uma vez que, conforme a OMS (Organização Mundial da Saúde), 55 dB é o valor máximo considerado para uma exposição saudável.

“Os fones de ouvido possuem limite de intensidade de 105 a 110 decibéis. Portanto, ao mantê-los no volume máximo, as chances de lesão são grandes, mesmo que utilizados em períodos menores. Além disso, não podemos desconsiderar o fato de as academias já serem ambientes bastante ruidosos, aumenta ainda mais os riscos.”

Alguns celulares contam com recurso para medir os decibéis no aparelho. Para acessá-lo, basta entrar na Central de Controle e localizar o ícone “Audição”. Caso a sua música esteja em um volume adequado, ou seja, não oferecendo riscos à audição, o ícone vai estar com um sinal de OK, na cor verde. No entanto, caso esteja considerado demasiadamente alto, acima de 85 dB, o ícone vai estar com um sinal de atenção, na cor amarela. O ícone “Audição” também disponibiliza uma barra de medição de níveis de decibéis, aumentando e diminuindo conforme a música toca em seus fones de ouvido. Segundo a OMS, o som dos celulares varia entre 75 dB e 136 dB.

Para calcular o limite de som permitido, é simples: considera-se um volume de 85 decibéis suportável por até oito horas consecutivas. Para cada cinco decibéis além disso, o limite cai pela metade. Ou seja, para um barulho de 90 decibéis, o limite seguro é de 4 horas de exposição contínua.

Identificar problemas auditivos causados pelo uso excessivo dos fones não é algo difícil. Conforme a especialista, os sinais mais comuns incluem diminuição da audição, dores, prurido e descamação local.

Inflamações e infecções

Outro problema ligado ao uso constante dos fones de ouvido são os riscos de inflamações e infecções do ouvido externo. Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Biomedicina da Devry Metrocamp, em Campinas (SP), constatou mais de 10 mil fungos e bactérias nos aparelhos.

A lubrificação e umidade liberadas pelo suor e cera do ouvido facilitam o acúmulo de micro-organismos e sujeiras. Na academia, esses riscos tendem a aumentar.

Entre as patologias de orelha externa mais comuns estão as inflamações da pele, como eczemas, infecções fúngicas e otites, que, além das desconfortáveis dores, também podem levar à surdez, caso não tratadas precocemente.

“Os quadros de otite podem evoluir para problemas mais graves, desde a ruptura da membrana timpânica até a perda auditiva, tamanha a agressividade da bactéria causadora da infecção”, explica.

De acordo com a médica, é importante procurar um otorrinolaringologista imediatamente após o aparecimento de qualquer sintoma, seja ele de dor constante ou de percepção de perda auditiva. “O diagnóstico e tratamento precoces podem evitar possíveis complicações ou sequelas”, finaliza.

Higienização

Os fones com almofada devem ser limpos com regularidade para a retirada de resíduos de descamação de pele e cerume. Já os outros fones devem ser limpos toda vez que forem ser inseridos no ouvido.

O ideal é sempre consultar o manual de instruções para checar se há alguma orientação específica sobre como limpar o produto. Mas, em geral, deve-se usar álcool com concentração de 70%, que é bactericida. O importante é não exagerar e “afogar” os fones, nem usar outro tipo de álcool.

Sobre o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Fundado em 1974, o Hospital Paulista de Otorrinolaringologia, possui mais de 40 anos de tradição no atendimento especializado em ouvido, nariz e garganta e durante sua trajetória, ampliou sua competência para outros segmentos, com destaque para Fonoaudiologia, Alergia Respiratória e Imunologia, Distúrbios do Sono, procedimentos para Cirurgia Cérvico-Facial, bem como Buco Maxilo Facial.

Em localização privilegiada, a 300 metros da estação Hospital São Paulo (linha 5-Lilás) e a 800 metros da estação Santa Cruz (linha 1-Azul/linha 5-Lilás), possui 42 leitos, UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 10 salas cirúrgicas, realizando em média, mensalmente, 500 cirurgias, 7.500 consultas no ambulatório e pronto-socorro e, aproximadamente, 1.500 exames especializados.

Referência em seu segmento e com alta resolutividade, conta com um completo Centro de Medicina Diagnóstica em Otorrinolaringologia, assim como um Ambulatório de Olfato e Paladar, especializado no diagnóstico e tratamento de pacientes com perda total ou parcial dos sentidos. Dispõe de profissionais de alta capacidade oferecendo excelentes condições de suporte especializado 24 horas por dia.

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Written by: Lucas Nóbrega

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