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Segundo o ginecologista, Dr. Marcelo Ponte, apesar das semelhanças, a TDPM é mais grave e pode impactar negativamente a vida das mulheres
Mudanças de humor, sentimento de tristeza, baixa estima, inchaço e cólicas. Essas são as queixas mais comuns entre as mulheres durante o período que antecede a menstruação, mais conhecido como o Temperamento Pré Menstrual, a famosa TPM. Mas, você já percebeu que algumas mulheres apresentam sintomas mais frequentes e intensos do que outras?
O ginecologista, Dr. Marcelo Ponte, explica que muitos casos não se tratam de uma simples TPM, e sim da hipersensibilidade do cérebro aos hormônios femininos, estrogênio e progesterona, chamada de Transtorno Disfórico Pré Menstrual, o TDPM. “Este transtorno vai muito além de uma TPM extrema e ocorre de sete a quinze dias antes da menstruação. Não se trata de um desequilíbrio hormonal, mas de uma reação acentuada do cérebro à alteração dos hormônios femininos que ocorre no período pré-ovulatório e, apesar de ter muitas semelhanças com a TPM, como o período em que começam e terminam, não é a mesma coisa. As principais diferenças estão na intensidade dos sintomas e da natureza deles, que são mais psíquicas na TDPM e mais físicas na TPM”, explica.
O Dr. Marcelo Ponte conta que, por ser pouco falada e os sinais remeterem a uma TPM intensa, muitas vezes, não há um diagnóstico ou ele é feito tardiamente. “Diagnosticar TDPM não é fácil. Há muitos critérios para avaliar e não há exames laboratoriais para isso. O diagnóstico é feito através de uma anamnese onde a paciente relata seus sintomas mais importantes, que geralmente são: depressão, melancolia, irritabilidade, desânimo, descontrole emocional, distúrbio de apetite, insônia, pensamentos autodepreciativos, letargia, menos interesse pelas atividades cotidianas e dificuldade de concentração. Para caracterizar a TDPM, eles devem estar presentes durante a maioria dos ciclos menstruais no último ano e devem ser severos ao ponto de impactar negativamente na vida da paciente”, afirma.
O especialista alerta que, assim como outras questões relacionadas a vida íntima da mulher, os sintomas apresentados durante o período que antecede a menstruação, também merecem atenção, pois são através deles que é possível compreender se é necessária uma intervenção médica. “É comum que as mulheres normalizem os sintomas e encarem como uma TPM ou estresse. Mas, para que não haja dúvidas sobre o que é comum ou não durante o período, a mulher deve avaliar: até que ponto este sentimento está interferindo na minha vida? Caso ela entenda que sua vida pessoal ou profissional está sendo afetada, é necessário consultar um especialista e iniciar o tratamento”, conclui.
De acordo com o ginecologista, por se tratar de uma forma de depressão, que ocorre apenas durante os dias que antecedem o ciclo menstrual, o tratamento pode ser feito através de medicamentos para os casos considerados mais graves. Mas, para pacientes com sintomas menos intensos, a psicoterapia pode ser uma forte aliada para ajudar a amenizar os efeitos da TDPM. “Após uma análise completa, o médico responsável pode receitar algum antidepressivo para auxiliar as mulheres com quadros mais fortes. Em alguns casos, o uso de pílulas anticoncepcionais ou implante hormonal, é uma opção, pois elas inibem a ovulação e conseguem controlar a alteração hormonal, o que resulta na diminuição dos sintomas. Já para pacientes diagnosticadas com a TDPM, mas que o especialista entende que os sintomas são mais brandos, pode ser recomendado a psicoterapia, pois através de técnicas e práticas, é possível fazer o controle do estresse e ansiedade comuns desta condição. Para todos os casos, dos mais leves aos mais intensos, é indicado uma alimentação equilibrada e a prática de atividade física associadas ao tratamento prescrito, pois através dessa combinação é possível que as mulheres tenham mais qualidade de vida e bem-estar”, finaliza.
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